Gabriel Wortman, o homem de 51 anos que matou pelo menos 16 pessoas na província da Nova Escócia, no Leste do Canadá, no domingo (19), usava parte de um uniforme policial na hora em que cometeu os crimes. Morto em confronto com a polícia, ele foi causador do pior massacre na história do Canadá.
O homem abriu fogo em diferentes locais, em circunstâncias e por motivos ainda desconhecidos, num ataque que chocou o país, onde os tiroteios são raros. Inicialmente, a comissária da Real Polícia Montada do Canadá (polícia federal), Brenda Lucki, informou que 13 pessoas tinham morrido, mas posteriormente disse que o balanço dos ataques era de pelo menos 16 mortos, incluindo o atirador, segundo a rede pública CBC.
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"É demasiado cedo para falar de motivações", declarou, em entrevista, o responsável pelos inquéritos criminais da polícia federal de Nova Escócia Chris Leather, que tinha anunciado inicialmente "mais de dez mortos".
Várias vítimas "parecem não ter qualquer ligação com o atirador", mas "o fato desse indivíduo ter um uniforme e um veículo da polícia leva a crer que não se tratou de um ato espontâneo", acrescentou.
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O ataque começou no sábado (18) à noite, na pequena localidade rural de Portapique, a cerca de 100 quilômetros da capital provincial de Halifax. Várias vítimas foram encontradas à frente e no interior de uma casa, para onde a polícia foi chamada depois de terem sido ouvidos tiros.
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O atirador fugiu à chegada da polícia, desencadeando grande busca durante várias horas por toda a província. As autoridades pediram aos moradores que ficassem em casa.
Gabriel Wortman foi detido no domingo de manhã, em circunstâncias que a polícia ainda não esclareceu.
"A perseguição terminou esta manhã [hora local], e o suspeito foi localizado. Posso confirmar que está morto", disse Leather. Uma agente policial morreu no domingo e um ficou ferido.