Nos últimos dias, a Suécia acompanhou um aumento no número de infecções causadas pelo Covid-19 no país. Por este motivo, o primeiro-ministro Stefan Lofven admitiu que o país atuou de forma errada no combate e "não fez o suficiente" para conter a pandemia.
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Em entrevista para um canal de TV no último sábado (11), Lofven fez um "mea culpa" e afirmou que os esforços da Suécia não foram suficientes e que o país não estava preparado para enfrentrar o novo coronavírus (Sars-Cov-2): "me parece óbvio que, em muitos aspectos, nós não fizemos o que era necessário. Por este motivo, tivemos que adotar uma estratégia nacional de segurança".
Na sequência, o primeiro-ministro ainda afirmou que o governo está tomando providências para resolver a questão e finalizou elogiando a postura da população sueca: "fico feliz em saber que podemos contar com o senso de responsabilidade de nossos cidadãos".
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Entretanto, o anúncio da lei que autoriza o isolamento
social no país segue sem data definida. Com isso, os casos da doença aumentam dia após dia e já forçaram o serviço de saúde, que é conhecido como um dos melhores e mais abrangentes, a declarar que pessoas com mais de 80 anos afetadas pelo Covid-19 ou que tenham qualquer outra doença
e idade entre 60 e 70 anos não receberão atendimento automático para evitar um colapso do sistema.
Segundo o jornal italiano La Repubblica, a lei requerida pela Constituição para garantir poderes excepcionais ao poder Executivo do país, e que seria responsável pela imposição do isolamento em locais públicos e privados, foi prometida pelo governo há dez dias e deveria ter entrado em vigor no último dia 10.
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Com isso, bares, restaurantes e outras lojas seguem funcionando, assim como as competições esportivas. Diferentemente do que ocorre nos outros países nórdicos, como Noruega, Finlândia e Dinamarca, que adotaram medidas restritivas e conseguiram conter o avanço da doença. Até o momento, segundo dados da universidade norte-americana John Hopkins, a Suécia soma quase 11 mil casos confirmados e 919 mortes causadas pelo novo coronavírus.