O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, admitiu nesta quinta-feira (19) que as medidas de isolamento impostas pelo governo, previstas inicialmente para durar até 3 de abril, devem ser prorrogadas.
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A declaração foi dada em entrevista ao jornal Corriere della Sera. A pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) já contaminou 35,7 mil pessoas na Itália e matou quase 3 mil. Apesar da desaceleração no ritmo de novos contágios, o pico de disseminação ainda não foi atingido.
"No momento, não é razoável dizer mais, porém está claro que os procedimentos que tomamos, seja aquele que fechou muitas atividades empresariais e individuais no país, seja aquele que diz respeito às escolas, devem ser prorrogados no seu vencimento", disse Conte.
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Segundo o primeiro-ministro, o isolamento imposto a todo o país "evitou o colapso do sistema" e "está funcionando". "Mas é óbvio que, quando atingirmos um pico e os contágios começarem a decrescer, ao menos em percentual - dentro de alguns dias, esperamos -, não poderemos voltar imediatamente à vida de antes", acrescentou.
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Conte também anunciou que está preparando um pacote de dezenas de bilhões de euros em investimentos públicos e para socorrer "empresas estratégicas". Desde 10 de março, a população da Itália só pode sair de casa por motivos de trabalho, saúde, familiares ou urgentes, bem como para comprar alimentos.
As restrições valem para o país inteiro, já que todas as regiões e províncias italianas registram casos da Covid-19 .