O Tribunal de Lyon, na França, condenou nesta segunda-feira (16) o ex-padre Bernard Preynat, 75, a cinco anos de prisão em regime fechado por violência sexual contra menores de idade .
A acusação pedia uma sentença de oito anos de cadeia, tempo considerado "desmedido" pela defesa. Preynat, que é réu confesso, cometeu os crimes entre 1971 e 1991, quando as vítimas tinham entre sete e 15 anos .
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"Eu não percebia o mal que causava aos meninos. Anos mais tarde, os pais me fizeram entender o mal que eu havia causado a seus filhos. Para mim, eram gestos de ternura", justificou Preynat no julgamento.
As vítimas dizem que o ex-padre as obrigava a beijá-lo e acariciá-lo. De acordo com Preynat, os crimes ocorriam "todos os fins de semana, durante acampamentos". "Podiam ser quatro ou cinco meninos em uma semana", confessou.
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O ex-padre já foi condenado por um tribunal eclesiástico e demitido do estado clerical. O caso também atingiu outro religioso, o arcebispo emérito de Lyon, cardeal Philippe Barbarin, sentenciado a seis meses de prisão em liberdade condicional por não ter denunciado os crimes de Preynat, mas depois absolvido em segunda instância.
A sentença contra o ex-padre foi pronunciada em um tribunal vazio por causa das restrições impostas pelo governo em função da pandemia de Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.