Angela Merkel, chanceler alemã
World Economic Forum/Ciaran McCrickard
Angela Merkel, chanceler alemã

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta quarta-feira (11) que não acredita que fechar as fronteiras para evitar a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) seja uma maneira "adequada" de reagir.

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A resposta foi dada a um jornalista que questionou a líder do governo alemã sobre a atitude do governo da Áustria, que  fechou sua fronteira com a Itália e que, segundo fontes, reintroduziu o controle nas fronteiras. "A Europa não deve se isolar, mas sim se coordenar. Nenhum sistema de saúde deve viver uma situação de emergência", destacou ainda, ressaltando que por conta dessa situação "extraordinária" será preciso rever o orçamento nacional.

"Faremos tudo que será necessário e tudo o que pudermos para sair dessa situação. Depois, vamos ver qual o impacto que isso terá em nosso orçamento", disse ressaltando que a principal preocupação do governo é controlar a epidemia. Merkel ainda reafirmou que acredita que cerca de 70% da população alemã poderá ser infectada com o novo vírus, usando como base dados apresentados por especialistas do país.

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Ao ser questionada sobre a epidemia que atinge a Itália, onde o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, colocou toda a nação sob quarentena, a líder alemã ressaltou que seu governo está estudando formas de ajudar Roma. "Nós falaremos com os colegas italianos para entender o que podemos fazer. Faremos aquilo que será possível e o que podemos responder. Nós ajudaremos como se faz entre amigos", pontuou.

Segundo Merkel, esse não é momento de questionar o uso do dinheiro público italiano com a saúde. "Nós não podemos dizer para a Itália que, nesta situação, eles não devam investir em seu sistema de saúde. É claro que as despesas sobre isso devem ter procedência, mas a situação é extraordinária. E há flexibilidade para isso no pacto financeiro", ressaltou.

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A disseminação do coronavírus na Alemanha já atingiu 1.629 pessoas, com três mortes confirmadas. Já a Itália contabiliza 10.149 casos, com 631 mortes.

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