A Procuradoria da Filadélfia pediu para que a condenação de Walter Ogrod
, homem que está no corredor da morte
há 23 anos, seja anulada. Segundo os procuradores, o caso foi conduzido com evidências falhas, inclusive uma confissão coagida pelos investigadores do caso.
Ogrod é acusado de ter matado Barbar Jean Horn, de 4 anos, em julho de 1988. O corpo nu da criança foi encontrado em uma caixa de televisão perto da casa de sua família, da qual o condenado era vizinho. A sentença de morte veio oito anos depois, em 1996.
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Um relatório feito pela Procuradoria avalia que Ogrod foi vítima de “uma tempestade perfeita de evidências científicas não confiáveis, má conduta do Ministério Público, violações de Brady de Prevenção a Violência e falso testemunho”.
Coação
O texto ainda afirma que a condenação é um erro grosseiro da Justiça, sem nenhuma evidência crível de que o homem tenha molestado e matado Barba Jean. Foi descoberto, recentemente, que a menina morreu de asfixia, e não por ter sido espancada com uma barra de peso, conforme alegaram a polícia e os procuradores na época da investigação.
O novo relatório aponta que dois detetives envolvidos – Martin Devlin e Paul Worrel – usaram tática de coação para obter confissões falsas em pelo menos dois casos de homicídio antes de interrogar Ogrod. Dois presidiários que cumpriram pena ao lado do acuso também teriam sido coagidos a dizer que ouviram confissões da boca dele.