Pichação antissemita no norte da Itália, na casa do filho de uma sobrevivente de Auschwitz
Ansa
Pichação antissemita no norte da Itália, na casa do filho de uma sobrevivente de Auschwitz


Os serviços de inteligência da Itália alertaram nesta segunda-feira (2) para o risco de ressurgimento da violência neonazista no país e para o poder de atração da propaganda extremista sobre os mais jovens, especialmente das periferias urbanas.

As informações estão no "Relatório sobre a política de informação para a segurança", documento anual preparado pelo Departamento de Informação para a Segurança (DIS) do governo e divulgado nesta segunda-feira (2), em audiência no Parlamento.

Segundo o relatório, os serviços de inteligência detectaram o surgimento de "insidiosas regurgitações neonazistas , favorecidas por uma rastejante, mas disseminada propaganda virtual por meio de plataformas online".

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Ainda de acordo com o documento, os mais expostos a esse tipo de ideologia são os mais jovens. "Existe inclusive o risco de que alguns pequenos circuitos militantes ou simpatizantes italianos individuais possam sofrer a fascinação pela opção violenta", diz o texto.

Trabalho organziado

O monitoramento detectou uma "galáxia militante e fragmentada" de grupos que compartilham o discurso identitário, a aversão à imigração, ao multiculturalismo e às instituições europeias e a celebração do fascismo .

Algumas dessas formações fazem um trabalho para angariar credibilidade na sociedade, especialmente nas periferias urbanas, com o objetivo de atrair jovens desfavorecidos e criando tensões ligadas à questão migratória, à segurança e ao tema das moradias populares.

Recentemente, em Roma, a entrega de apartamentos para ciganos gerou protestos violentos de grupos neofascistas. Além disso, a Itália tem convivido com episódios de antissemitismo nos últimos meses, como as ameaças virtuais à senadora Liliana Segre, sobrevivente de Auschwitz

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