Bandeira do Reino Unido
Pixabay/Neri Vill
Bandeira do Reino Unido

O Reino Unido apresentou hoje (19) as novas regras de imigração que passarão a valer em 2021 como parte do desligamento do país da União Europeia (UE), o chamado Brexit.

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Inspiradas no modelo adotado pela Austrália, as ovas normas dão preferência a estrangeiros que falem inglês, tenham qualificação acadêmica e profissional e já chegam ao Reino Unido com uma oferta de trabalho.

Apresentado pela secretária do Interior, Priti Patel, o novo sistema imigratório britânico será baseados em pontuação, e o cidadão estrangeiro terá que conquistar um mínimo de 70 pontos para conseguir um visto de trabalho.

Falar bem inglês vale 10 pontos, ter um oferta de trabalho, 20 pontos. Qualificações acadêmicas valem outros 20 pontos, assim como uma proposta de emprego com salário mínimo de 25 mil libras esterlinas anuais (cerca de R$ 141 mil).

O visto de estudante também seguirá um sistema de pontuação, com a condição de que o candidato tenha recebido uma oferta de ensino de um estabelecimento britânico, fale inglês e possa se manter financeiramente.

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"Vamos pôr em prática um sistema que funcione no interesse de todo o Reino Unido e priorize as competências que uma pessoa tem para oferecer, e não de onde ela vem. Durante muito tempo, distorcido pelo direito de livre circulação europeu, o sistema de imigração não respondeu às necessidades do povo britânico", alegou o governo do premier Boris Johnson, no documento apresentado hoje.

As normas devem ser implementadas em 1 de janeiro de 2021, quando acabar o período de transição para o Brexit, e valerão para todos os estrangeiros, inclusive de países-membros da União Europeia. Até agora, os europeus tinham facilidades de locomoção dentro do bloco.

A tentativa de Boris Johnson é reduzir o número de imigrantes que chegam ao Reino Unido para trabalhar em vagas que exigem pouca qualificação e têm baixos salários, apesar dessas áreas serem importantes para a manutenção da economia local. As novas regras não afetarão os cidadãos europeus ou de outras nacionalidades que têm visto e trabalham no Reino Unido.

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A oposição britânica criticou o novo sistema. Segundo os opositores, enquanto o modelo australiano restringe a imigração, mas incentiva estrangeiros com capacitação estratégica para a economia do país, o modelo do Reino Unido corre o risco de desencorajar os estrangeiros. Os liberais-democratas também acusaram o governo de Boris Johnson de xenofobia.

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