O celular de Jeff Bezos , fundador e presidente da Amazon, foi hackeado em 2018 após receber uma mensagem no WhatsApp, enviada pelo príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, informou o jornal britânico The Guardian , nesta terça-feira (21).
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O fato aumenta suspeitas da relação do monarca com a morte de Jamal Khashoggi , jornalista assassinado em 2018 no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia.
A publicação, que teve acesso a uma investigação sobre o caso, revela que uma análise demonstrou que "é altamente provável" que a invasão ao aparelho tenha ocorrido quando o príncipe saudita enviou um vídeo infectado ao homem mais rico do mundo.
De acordo com o jornal, ambos conversavam amigavelmente no dia 1º de maio de 2018, cinco meses antes do assassinato do jornalista . Nem a embaixada da Arábia Saudita nos Estados Unidos e nem a defesa do executivo comentaram o caso.
Anteriormente, o regime saudita já havia negado ter acessado o celular de Bezos, quando ele acusou Riad de estar por trás da publicação do National Enquirer sobre detalhes de sua vida privada.
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Na ocasião, o tabloide americano utilizou fotos íntimas para chantageá-lo. Cerca de um mês antes da denúncia, Jeff Bezos anunciara seu divórcio com Mackenzie e teve detalhes de sua relação extraconjugal publicados pelo mesmo jornal. Segundo o The Guardian , seu telefone é inspecionado desde as primeiras reportagens publicadas, em janeiro de 2019.