A China e a Turquia lideram o ranking de países que mais prenderam jornalistas em 2019: foram 48 e 47, respectivamente, de acordo com um levantamento do Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ).
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Segundo o relatório do CPJ, foram 250 jornalistas presos até dezembro deste ano em 33 países, cinco a menos do que em 2018. O maior índice foi em 2016, com 273 profissionais de imprensa detidos.
A China, que vive sob a ditadura de Xi Jinping, lidera o ranking e teve um ano marcado pela censura com os protestos em Hong Kong. O número de profissionais presos no país neste ano é o maior desde o primeiro levantamento da CPJ, em 1992.
Já na Turquia , o número de jornalistas presos vem caindo desde 2016. No entanto, o governo de Recep Erdogan fechou mais de 100 veículos de comunicação e denunciou funcionários por terrorismo. Os dois países também lideram entre os que mais aplicaram a prisão perpétua, com três casos no ano em cada um.
Do total de 250 jornalistas, 20 são mulheres. Entre eles, 165 foram detidos por disseminarem informações "anti-estado", 33 por retaliação, 30 por fake news, 6 por difamação, 3 por violação de regras de censura e 2 por ofensas étnicas ou religiosas. Pelo menos 30 tem acusação desconhecida.
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China e Turquia são seguidos pela Arábia Saudita, Egito, Eritréia e Vietnã. O último lugar entre os 33 países analisados é ocupado pela Venezuela, com apenas um caso. Dessas, 88 prisões foram em países considerados democráticos.