A ativista Greta Thunberg
fez uma publicação no Twitter neste domingo (8) em que diz que os índigenas mortos após um atentado no Maranhão
foram assassinados por estarem protegendo florestas. A jovem sueca fez o comentário ao compartilhar uma notícia da agência Al Jazeera
que noticiava o caso.
"Os povos indígenas estão sendo literalmente assassinados por tentar proteger as florestas do desmatamento. Repetidamente. É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso", escreveu Greta.
No início da tarde de sábado, dois índios da etnia guajajara morreram após atentado a balas às margens da BR-226, no município de Jenipapo dos Vieiras, no Maranhão, há 500 quilômetros ao sul da capital São Luís. Outros dois ficaram feridos, sendo um em estado grave e outro que pode ter alta ainda neste domingo.
Leia também: Índios sofriam ameaças após assaltos na região, diz membro da Funai no Maranhão
De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), os indígenas foram atingidos por tiros disparados por ocupantes de um veículo. "Indígenas foram atingidos por tiros originados de um veículo Celta, de cor branca, e vidros espelhados. A equipe da FUNAI está na região, com os indígenas, providenciando o registro da ocorrência. A Secretaria de Estado de Segurança Pública foi acionada e já acompanha o caso, bem como a Secretaria de Estado de Direitos Humanos. Foi cientificada a Polícia Federal que já investiga o caso", diz o comunicado.
Antes, em 1º de novembro, Paulo Paulino Guajajara foi morto em uma emboscada na Terra Indígena Arariboia (MA) quando realizava uma ronda contra invasões.
No Twitter, o governador do Maranhão, Flávio Dino, disse que os secretários de Segurança Pública e de Direitos Humanos do estado "estão pessoalmente presentes nos locais dos assassinatos" para "colaborar com as autoridades do governo federal e dialogar com as lideranças indígenas".
Leia também: Índio Guajajara está em estado grave após atentando que matou dois no Maranhão
Nas redes sociais, políticos se posicionaram sobre o atentado. Para a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva o "banho de sangue" na Amazônia exige "uma resposta firme e urgente das autoridades brasileiras".
"O assassinato de 2 indígenas Guajajara não pode ficar impune. É preciso conter a barbárie e chegar aos responsáveis por esses atos criminosos. Minha solidariedade ao povo Guajajara", escreveu Marina.