Os pastores angolanos da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) romperam com o fundador, bispo Edir Macedo e com lideranças da igreja brasileira sob acusação de desvio de recurso para o exterior. Funcionários locais também apontaram para discriminações e esterilização de sacerdotes africanos.
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Os angolanos dizem ter apoio de 330 pastores e bispos da Universal do país. A exigência é que os líderes brasileiros da instituição saiam do "território nacional dentro dos prazos estabelecidos pelas autoridades migratórias" para que a igreja seja liderada de forma exclusiva por angolanos, segundo um comunicado divulgado pela imprensa local.
"Clara violação dos direitos humanos , da lei e da Constituição da República de Angola", além de ser estranha aos costumes da realidade africana e angolana", alega o grupo.
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A situação põe em xeque a sobrevivência da Universal em um dos principais espaços no exterior e ocorreu a poucas semanas da Iurd ser expulsa em São Tomé e Príncipe, outro país africano. As acusações também incluem privilégio aos pastores brasileiros e a realização forçada de vasectomia em pastores da região.
Os pastores denunciaram que no último ano, pastores solteiros e casados eram submetidos ao procedimento cirúrgico para evitar procriação, por orientação do bispo Edir Macedo.