Papa Francisco visitou o Japão e condenou o uso de armas nucleares
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Papa Francisco visitou o Japão e condenou o uso de armas nucleares

O papa Francisco visitou neste domingo (24) as cidades de Hiroshima e Nagasaki , no Japão. Em seu discurso, o líder da Igreja Católica disse que é um "crime" o uso de energia atômica para fins militares e pediu o fim das armas nucleares . Ambas as cidades foram destruídas em 1945 por bombas atômicas dos Estados Unidos, Na ocasião, o ataque deixou mais de 200 mil mortos nas duas cidades japonesas.

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Em um discuso no memorial de Nagasaki, papa Francisco afirmou que ter em mãos armas nucleares não são garantia de paz. "Nosso mundo é marcado por uma dicotomia perversa que tenta defender e assegurar paz e estabilidade por meio de uma falsa sensação de segurança sustentada por medo e desconfiança. A posse de armas nucleares e outras de destruição em massa não são a resposta", disse.

Depois de Nagasaki, o Pontífice foi para Hiroshima. Francisco discursou no Memorial da Paz e relembrou do trágico ataque. Além disso, o Papa afirmou que o uso de energia nuclear para fins militares é "imoral".

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"Aqui, faço memória de todas as vítimas e inclino-me perante a força e a dignidade das pessoas que, tendo sobrevivido àqueles primeiros momentos, suportaram nos seus corpos durante muitos anos os sofrimentos mais agudos e, nas suas mentes, os germes da morte que continuaram a consumir a sua energia vital", disse Francisco.

"Desejo reiterar com convicção, que o uso da energia atômica para fins de guerra é, hoje mais do que nunca, um crime não só contra o homem e a sua dignidade, mas também contra toda a possibilidade de futuro na nossa casa comum. O uso da energia atômica para fins de guerra é imoral, assim como é imoral a posse de armas nucleares, como eu já disse há dois anos. Seremos julgados por isso", completou o Papa.

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O líder da Igreja Católica concluiu seu discurso em Hiroshima pedindo "em nome de todas as vítimas dos bombardeios" que nunca mais haja novas guerras.

"Em uma única súplica, aberta a Deus e a todos os homens e mulheres de boa vontade, em nome de todas as vítimas dos bombardeios, das experimentações atômicas e de todos os conflitos, elevemos juntos um grito: Nunca mais a guerra, nunca mais o fragor das armas, nunca mais tanto sofrimento! ", concluiu o papa .

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