O presidente do Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia , María Eugenia Choque Quispe, foi presa neste domingo (10) após renunciar ao cargo. A prisão foi feita em uma operação do Departamento de Análise Criminal e Inteligência (DACI) da Polícía Boliviana, em La Paz.
A operação atendeu a uma ordem judicial contra os membros da corte por suspeita de fraude na apuração das urnas das eleições presidenciais de 20 de outubro, nas quais o presidente Evo Morales foi reeleito para um quarto mandato, mas sob fortes denúncias de irregularidades por parte da oposição.
Mais cedo, Morales deixou a presidência do país . O anúncio em um pronunciamento pela TV em cadeia nacional. "Me dói muito que nos tenham levado ao enfrentamento. Enviei minha renúncia para a Assembleia Legislativa Plurinacional", afirmou em pronunciamento na televisão. O vice-presidente Álvaro García Linera , que estava ao lado de Morales, também renunciou.
Leia também: Após renúncia na Bolívia, Bolsonaro defende voto impresso; Lula fala em golpe
"Quero pedir desculpas por ter sido exigente durante o trabalho. Não foi para Evo, foi para o povo boliviano". "Aqui não termina a vida, segue a luta", disse Morales ao encerrar sua fala.
Além deles, também renunciaram o presidente da Câmara, Victor Borda, e a presidente do Senado boliviano, Adriana Salvatierra. Nessa situação, o próximo na linha sucessória para assumir a presidência é Petronio Flores, presidente do Tribunal Constitucional, entidade equivalente ao Supremo Tribunal Federal na Bolívia.