Hong Kong viveu neste sábado (2) mais uma noite de protestos
, que terminou com repressão e confrontos entre manifestantes e polícia. Milhares de pessoas saíram às ruas e concentraram-se naquela que já é considerada a maior manifestação pró-democracia dos últimos cinco meses.
Várias estações de metrô foram vandalizadas e incendiadas, e a polícia lançou gás lacrimógeneo para tentar dispersar a multidão. Alguns manifestantes depredaram o escritório da agência de notícias chinesa Xinhua em Hong Kong, um ato já condenado por várias associações de imprensa. Mais de 200 pessoas foram detidas.
Leia também: Violência de protestos do Chile deixa 146 pessoas com olhos feridos, diz ONG
Os protestos pró-democracia e por eleições livres no território ocorrem desde junho, devido a uma legislação que permitiria que suspeitos fossem enviados à China continental para ser julgados.
O governo de Hong Kong anunciou o arquivamento formal do projeto de lei de extradição no início de setembro, mas os protestos continuam.
Leia também: Polícia diz que corpos encontrados em caminhão são de vietnamitas
A transferência de Hong Kong para a China, em 1997, decorreu sob o princípio "um país, dois sistemas". Como acontece com Macau, para aquela região administrativa especial da China, foi estabelecido um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, nos níveis executivo, legislativo e judiciário, com o governo central chinês sendo responsável pelas relações externas e pela defesa.