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Segundo denúncia, animais acabam sofrendo lesões internas e externas e tem morte dolorosa; nas imagens, cobaias aparecem atadas aos assentos

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Reprodução
Ainda vivos, animais são usados em testes de colisão a velocidades de até 50km/h

Grupos que lutam pelos direitos dos animais reagiram com fúria após a divulgação de imagens de um teste cruel realizado na China: pesquisadores estava utilizando porcos ainda vivos em testes de colisão, que definem a segurança de automóveis.

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Nas imagens, divulgadas pelo jornal alemão Bild nesta quinta-feira (31), os porcos aparecem atados com cordas aos assentos que serão utilizados nos testes e são submetidos a colisões, que avaliam a eficácia dos cintos de segurança e dos próprios carros, que podem chegar a até 50km/h.

Ainda de acordo com a reportagem, cerca de 15 animais foram utilizados nos testes, sendo que sete deles acabaram morrendo por conta das lesões, que vão desde sangramentos até lacerações de órgãos. Além disso, as cobaias ainda eram privados de água e alimento.

"Deixar que animais tão inteligentes e sensíveis como porcos sejam jogados em paredes nos testes  de alta velocidade na China é uma crueldade. Isso faz com que seus ossos se quebrem, que tenham diversas lesões internas e acabem morrendo de maneira horrível", afirmou ao periódico Anne Meinert, uma porta-voz do grupo PETA (People for the Ethical Treatment of Animals).

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Em informe no Jornal Internacional de Proteção à Colisão, os pesquisadores defenderam o uso de porcos nos testes por eles terem uma "estrutura anatômica similar a de uma criança humana" de seis anos. Além disso, garantiram que seguiram todas as normas vigentes sobre o uso de animais em laboratórios e que os testes foram aprovados por um comitê de ética .

Apesar da crueldade, porcos já foram utilizados em outras partes do mundo em experimentos dos mais variados produtos. Nos Estados Unidos, a prática de utilizar os animais em testes de colisão só foi banida apenas nos anos 1990.