Milhares de manifestantes
voltaram às ruas de Santiago do Chile nesta quarta-feira (23), insatisfeitas com as medidas propostas pelo presidente
, Sebastián Piñera, na noite desta terça-feira. Piñera anunciou um incremento às aposentadorias, a criação de um teto para os gastos com medicamentos, a redução nas tarifas de energia elétrica e o aumento dos impostos para os mais ricos.
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Os chilenos, no entanto, demonstram insatisfação, pois as medidas anunciadas por Piñera
não serão imediatas e ainda terão que passar por aprovação no Congresso. Além disso, algumas das propostas não são novas e já estavam tramitando no parlamento, como a criação de um teto para os gastos com medicamentos.
Os manifestantes pedem ainda a renúncia do ministro do Interior, Andrés Chadwick, a quem culpam pelas mortes e pela violenta repressão aos protestos dos últimos dias. Chadwick esteve nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados, onde fez um balanço das manifestações e explicou as razões que levaram Piñera a decretar estado de emergência
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As manifestações, em sua maioria, correm de forma pacífica. Manifestantes com cartazes e bandeiras seguem marchando nas ruas de Santiago , a capital do país, tentando se aproximar do Palácio de La Moneda, sede da Presidência. Os carabineros, a polícia chilena, estabeleceu barreiras de proteção na tentativa de conter o avanço da marcha. Alguns manifestantes forçaram as barreiras e a polícia respondeu com gás lacrimogêneo e spray de pimenta, além de jatos de água.