O primeiro-ministro interino da Espanha, Pedro Sánchez, esteve rapidamente nesta segunda-feira (21) em Barcelona, onde visitou policiais feridos nos protestos que sacodem a região da Catalunha depois que o Supremo Tribunal espanhol sentenciou líderes separatistas a até 13 anos de prisã o na semana passada.
Durante a visita, não incluída em sua agenda oficial, Sánchez não se encontrou com o presidente do governo regional da Catalunha, Quim Torra, com quem se recusou a falar por telefone durante o fim de semana e de quem exige uma condenação mais clara da violência nos protestos, e agradeceu aos policias pela “moderação” no enfrentamento das manifestações.
"Nestes momentos é muito importante garantir a moderação que representam as forças e corpos de segurança do Estado para assegurar esta convivência que agora mesmo está posta em questão", disse Sánchez aos agentes. "A crise não acabou, temos que persistir, nós somos muito mais persistentes, mais teimosos".
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Pouco antes de partir para Barcelona , Sánchez divulgou uma carta a Torra em que, com um texto duro, explicava porque se recusou a falar com o presidente regional da Catalunha, afirmando que ele não cumpriu os deveres da função:
“O primeiro dever de qualquer responsável público é velar pela segurança dos ciudadãos, assim como pela segurança de qualquer espaço público ou privado frente a condutas violentas. O segundo é preservar a convivência entre todos os integrantes da sociedade civil e evitar a fratura de sua comunidade. Sua conduta nos últimos dias tem sido justamente em sentido contrário”, acusou o premier interino.
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Enquanto isso, o ex-presidente regional catalão Carles Puigdemont, autoexilado na Bélgica, criticou a viagem de Sánchez e seu foco apenas nas vítimas dos protestos entre as forças de segurança, além de sua recusa em se encontrar com Torra:
“É verdade que ( Sánchez ) diferencia os feridos, em vez de se preocupar com todos? Um governante deveria desejar que todos os feridos, policiais e ciudadãos, se recuperem. Todos, sem exceções”, escreveu Puigdemont no Twitter.