Vitória do partido de Pedro Sánchez nas eleições de abril não gerou estabilidade política na Espanha.
Reprodução/Twitter/sanchezcastejon
Vitória do partido de Pedro Sánchez nas eleições de abril não gerou estabilidade política na Espanha.

Paralisada politicamente por uma queda de braço entre os principais partidos, da esquerda à extrema direita, a  Espanha  irá para sua quarta eleição nacional em quatro anos em novembro. Nesta terça-feira, após concluir uma rodada de consultas às legendas que integram o Parlamento , o rei Felipe VI publicou comunicado em que afirma não haver um candidato com condições de chegar à maioria absoluta, o que levará à dissolução do Congresso na próxima segunda-feira e a um novo pleito nacional em 10 de novembro .

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A vitória do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de Pedro Sánchez  , em 28 de abril passado, não foi suficiente para permitir a formação de um governo , já que seu total de votos não se traduziu nas 176 cadeiras necessárias para obter maioria no Parlamento. A tentativa de uma coalizão com outra formação de esquerda, o Unidas Podemos de Pablo Iglesias , não foi adiante devido às diferenças pessoais entre os dois líderes .

As novas eleições , contudo, não devem se traduzir em desbloqueio. Pesquisas eleitorais sugerem que nenhuma das formações alcançaria sozinha os votos necessários para a maioria absoluta. Desde as últimas eleições passaram-se exatos 142 dias (à exceção de todo o mês de agosto, quando os políticos se deram férias de verão) para que tentassem formar um governo.

Nas primeiras semanas após 28 de abril, as apostas eram pela coligação entre PSOE e Unidas Podemos. Mas no final de julho, após duas sessões no Congresso marcadas por amargas trocas de acusações entre Sánchez e Iglesias, a investidura não prosperou, e o premier interino deu por encerrada qualquer tentativa de formação de um governo conjunto.

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Paralelamente, as três principais legendas de oposição, Partido Popular (PP, direita), Cidadãos (centro- direita) e Vox (extrema direita), aprofundaram sua campanha contra Sánchez, atacando os pactos firmados entre socialistas e nacionalistas em regiões como Navarra e, principalmente, a possibilidade de que o chefe de governo interino tivesse que contar com votos de partidos independentistas para formar governo.

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