Após cinco anos de investigações e muitos protestos, a polícia de Nova York anunciou a demissão de Daniel Pantaleo, o agente branco que foi filmado aplicando ummata-leão em Eric Garner, que morreu uma hora depois, em julho de 2014.
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O episódio em Nova York , filmado, deu origem a uma série de protestos no país que ficaram conhecidos sob o slogan “ Black Lives Matter ” (A vida dos negros importa), contra a brutalidade policial contra negros. Nas imagens, que correram o mundo, um grupo de polícias aborda Eric, negro, de 43 anos e pai de seis filhos, suspeito de vender ilegalmente cigarros. O grupo de agentes cerca o homem até que, de repente, um deles agarra Eric por trás e lhe aperta o pescoço com o braço. “Não consigo respirar”, diz ele várias vezes. Garner ficou irresponsivo e morreu pouco depois, após uma parada cardiorrespiratória, sem receber ajuda dos policiais.
Mesmo com a autópsia apontando para homicídio, o grande júri não indiciou Pantaleo pela morte de Eric Garner , gerando uma onda de protestos que acabou com centenas de detidos em todos os EUA.
No mês passado, o Departamento de Justiça decidiu não acusar Pantaleo de asfixiar Garner até à morte, explicando que não havia indícios suficientes para provar que o agente tivera uma conduta imprópria.
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O procurador do Ministério Público americano, Richard Donoghue, destacou a “diferença significativa” de peso e tamanho entre Daniel Pantaleo e Garner, considerando que isso teria impedido o agente de deter o vendedor ambulante de forma rápida e sem incidentes. Além disso, defendeu também que os agentes de Nova York que interpelaram Garner tiveram de tomar “decisões secundárias durante circunstâncias estressantes”.