Governo de Donald Trump nos EUA negará cidadania a imigrantes que usarem programas sociais
Divulgação / Official White House / Tia Dufour - 9.8.19
Governo de Donald Trump nos EUA negará cidadania a imigrantes que usarem programas sociais

O governo de Donald Trump penalizará os imigrantes legais que dependem de programas públicos, como vale-alimentação e moradia subsidiada pelo governo, como parte de uma nova política para diminuir a imigração legal nos Estados Unidos e reduzir o número de imigrantes que recebem ajuda permanente e status legal. Com isso, o uso da assistência social se tornará um “fator negativo” no processo para obter residência ou cidadania.

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"Esta ação ajudará a garantir que, se um estrangeiro entrar ou permanecer nos Estados Unidos , ele deve se sustentar, e não depender da assistência social", disse o diretor interino do Escritório de Serviços de Cidadania e Imigração, Ken Cuccinelli, em coletiva de imprensa na Casa Branca.

A mudança, que deve entrar em vigor em dois meses, dará ao governo Trump uma nova e poderosa ferramenta para reduzir o número de pessoas que vêm morar e trabalhar no país. Mais da metade de todos os pedidos de green card seriam negados, de acordo com o Migration Policy Institutes, já que os candidatos precisarão apresentar níveis de renda mais altos para conseguir um visto.

Há um mês, o governo já havia anunciado que iria endurecer ainda mais sua política em relação a imigrantes , pondo em prática outra medida que determina que a maioria dos solicitantes de asilo que transitam por outro país antes de pisar em solo americano não tenha a opção de obter essa proteção nos Estados Unidos.

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A regra anunciada nesta segunda-feira (12) é a principal prioridade de Stephen Miller, responsável pela agenda de imigração de Trump, que vem pressionando funcionários do governo a implantá-la. E pode ser a mais drástica das políticas de imigração do governo, segundo especialistas.

"O princípio que o impulsiona é um velho valor americano: a autossuficiência", disse Ken Cuccinelli, diretor interino dos Serviços de Imigração e Cidadania dos EUA, em entrevista nesta segunda-feira na Fox News . "Terá também o benefício a longo prazo de proteger os contribuintes, garantindo que as pessoas que imigraram para este país não se tornem cargas públicas, que elas possam se sustentar sozinhas, como fizeram os imigrantes no passado", acrescentou.

Defensores dos imigrantes criticaram o plano como um esforço para reduzir a imigração legal sem passar pelo Congresso.

Na semana passada, Trump defendeu as operações maciças que levaram à prisão de 680 imigrantes sem documentos em sete fábricas de processamento de frango no estado do Mississippi, ao afirmar que as medidas funcionam como uma forma de desestimular a imigração irregular. As operações de quarta-feira, em seis cidades do Mississippi, desataram duras críticas depois que a imprensa local divulgou imagens de crianças que ficaram sozinhas ao sair da escola, chorando e sem ter para onde ir, nem o que comer.

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Trump vem tentando, nos últimos meses, diminuir o fluxo de requerentes de asilo que chegam à fronteira sul dos Estados Unidos . A maioria é de de centro-americanos que viajaram pelo México e pela Guatemala, apesar de alguns virem da África.

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