A polícia de Hong Kong disparou gás lacrimogêneo contra uma multidão de cerca de mil manifestantes que bloquearam um cruzamento perto de uma estação de comboio no distrito de Tai Wai, em Kowloon. Neste sábado (10), alguns também bloquearam a entrada de um túnel que leva ao porto de Hong Kong .
Leia também: Argentina vai às urnas domingo em eleições primárias
Mais cedo, ativistas iniciaram protestos em dois bairros, desafiando a proibição da polícia, que tem sistematicamente entrado em choque com eles nos últimos dois meses.
Os ativistas pró-democracia de Hong Kong mantêm hoje a pressão contra o governo, dando continuidade ao protesto no aeroporto internacional, além de uma manifestação com centenas de famílias que apoiam o movimento.
Idosos também realizaram neste sábado manifestação chamada de "cabelos prateados" e enviaram petições à sede da polícia e ao escritório da líder de Hong Kong, Carrie Lam, para marcar apoio ao movimento de protesto.
Hong Kong, antiga colônia britânica e que é atualmente uma região administrativa da China, enfrenta sua pior crise política desde a transferência para China em 1997.
Leia também: Trump diz ter recebido carta 'muito bonita' de Kim Jong-un
Nos últimos dois meses, o território tem sido palco de manifestações quase diárias que, muitas vezes, têm terminado em confrontos entre as forças policiais e os ativistas mais radicais. Em várias ocasiões, a polícia tem recorrido a gás lacrimogêneo e a balas de borracha para dispersar as ações.
A contestação nas ruas, iniciada contra um projeto de alteração da lei de extradição , que depois foi suspenso, generalizou-se e agora os manifestantes afirmam ser uma "erosão das liberdades" no território.
Leia também: Cerca de 700 imigrantes são detidos e afastados dos filhos nos Estados Unidos
Nos últimos dois meses, Hong Kong tem sido palco de manifestações quase diárias que muitas vezes têm degenerado em confrontos entre as forças policiais e ativistas mais radicais.