O centenário povoado de Miejsce Odrzańskie, no sudeste da Polônia, exibe uma estatística curiosa: desde 2009, nenhum menino nasceu ali. Os 12 nascimentos ocorridos nessa comunidade fundada em 1679, que possui cerca de 300 habitantes, foram de meninas. A situação chegou ao ponto de as autoridades locais oferecerem um prêmio ao primeiro casal que conceber um menino.
Leia também: EUA: Filhos de imigrantes detidos dormem sozinhos em abrigo improvisado
A predominância de meninas em relação a meninos também aparece na formação da brigada de incêndio da aldeia, que possui 24 mulheres jovens e apenas oito homens. A equipe mais jovem de voluntários conta apenas com moças.
Foi a participação de equipes dominadas por mulheres em uma competição regional neste verão que atraiu a atenção da imprensa. Miejsce Odrzańskie virou assunto em publicações europeias e norte-americanas, como o jornal The New York Times e o site do programa Today , da rede NBC.
Leia também: Homem salva menino pendurado em janela de prédio a mais de 10 metros; assista
Pelas reportagens feitas sobre o local, a maioria dos moradores adultos tem duas filhas . Os meninos são raros, e alguns deles vieram de outros municípios.
Tendência preocupante
Estatisticamente, a probabilidade de que um óvulo fecundado de modo normal venha a resultar num menino ou numa menina é de 50% para cada lado. Mas a tendência observada em Miejsce Odrzańskie preocupa tanto Rajmund Frischko, prefeito da comuna de Cisek (onde está o povoado), que ele prometeu uma recompensa “atraente” para a primeira família local que gerar um bebê menino. Frischko, porém, não especificou o que seria essa recompensa.
Leia também: Leoa devora filhotes dias após dar à luz em zoológico
Enquanto isso, o corpo de bombeiros juvenil feminino da aldeia vai ganhando competições e promovendo internacionalmente o nome de Miejsce Odrzańskie. “Essas garotas vivem e respiram. Há muita paixão e determinação. Durante dois meses antes de cada competição, elas vêm treinar todos os dias ou em dias alternados depois da escola”, disse ao The New York Times o bombeiro Tomasz Golasz.