O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visita nesta quarta-feira (7) as cidades de Dayton, no estado de Ohio, e El Paso, Texas, alvos de ataques a tiros que deixaram 31 mortos
e
dezenas de feridos no último fim de semana, em meio a críticas de opositores e protestos que o acusam de ajudar a deflagrar massacres do tipo com sua retórica racista e anti-
imigração
.
Em Dayton, onde um atirador matou nove pessoas
na madrugada do último domingo antes de ser morto pela polícia, Trump
se encontrou pela manhã com vítimas e socorristas no
Hospital Miami Valley Hospital. Do lado de fora, manifestantes com um balão mostrando o presidente como um bebê protestavam aos gritos de “faça algo!” e segurando cartazes com
os dizeres “o ódio não é bem-vindo aqui”, “pare com o terror” e “você é a razão”. As autoridades ainda investigam a motivação por trás do ataque, mas o FBI
informou que o atirador aparentemente explorou “ideologias violentas” previamente.
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Já em El Paso, onde o massacre está sendo investigado como um crime de ódio, Trump enfrentou protestos mais veementes pelo que os manifestantes dizem ser uma incitação a ações do tipo. O autor do ataque, que deixou 22 mortos
, entre eles oito cidadãos mexicanos, divulgou antes um manifesto pela internet no qual dizia estar lutando contra uma “invasão
hispânica do Texas”.
A expressão ecoa termos usados por Trump
em diversos de seus discursos anti-imigração, um deles em fevereiro na própria cidade palco do massacre, num comício em que defendeu seu
projeto de construir um muro na fronteira com o México e pelo qual sua campanha ainda deve cerca de US$ 500 mil (cerca de R$ 4 milhões) à prefeitura pelo uso de recursos locais
de segurança e assistência médica.