Foto do Comando Sul americano de um caça Su-30 Flanker da Venezuela que voou ao lado de um avião militar americano EP-3 Aries II na sexta-feira
Reprodução/Twitter/MarinhaEUA
Foto do Comando Sul americano de um caça Su-30 Flanker da Venezuela que voou ao lado de um avião militar americano EP-3 Aries II na sexta-feira

O governo da Venezuela denunciou nesta segunda-feira (22) que "um avião espião " americano ingressou novamente no espaço aéreo do país, sem notificar as autoridades aeronáuticas. Segundo a denúncia, feita pelo ministro da Comunicação Jorge Rodríguez, foram 78 violações do espaço aéreo venezuelano este ano.

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"São aviões espiões de guerra americanos, que carregam mísseis e também fazem parte da frota de reconhecimento aéreo da Marinha dos EUA. Os Estados Unidos persistem em sua agressão contra a Venezuela ", disse Rodriguez em um discurso transmitido na TV estatal.

O ministro também insistiu que as ações lideradas pelo líder opositor Juan Guaidó — que se autoproclamou presidente interino em janeiro e foi reconhecido por mais de 50 países, incluindo o Brasil — aumentaram as incursões de aeronaves americanas no território aéreo venezuelano.

Em um novo sinal da crescente hostilidade entre os dois países, o Exército dos Estados Unidos disse no domingo que  um caça venezuelano seguiu "agressivamente" um avião Aries II EP-3 da Marinha americana que sobrevoava o espaço aéreo internacional.

O governo da Venezuela, por sua vez, afirma que as Forças Armadas do país rechaçaram "a incursão de uma aeronave de reconhecimento e inteligência dos EUA" na área de voo do aeroporto de Maiquetía, próximo a Caracas.

"Qualquer aeronave deve comunicar à torre de controle correspondente quando está fazendo um determinado vôo. Naquela hora (11h43m da manhã de sábado), quando isso aconteceu, uma aeronave venezuelana era responsável por cumprir o procedimento para evitar os riscos desse sobrevoo. Sua excursão agressiva e perigosa põe em risco a segurança aeronáutica dessa zona aérea", afirmou Rodríguez, acrescentando que essas incursões violam a lei internacional e a Constituição.

Os Estados Unidos afirmaram que "realizam rotineiramente missões de reconhecimento e monitoramento na região, reconhecidas e aprovadas multinacionalmente para garantir a segurança e o bem-estar de cidadãos e parceiros".

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No comunicado divulgado no domingo, o Exército dos EUA informou que o avião foi abordado de modo "não profissional" pelo caça Sukhoi Su-30 sobre águas do Caribe. "Não são aviões com cargas humanitárias, são aviões de espionagem, de guerra", rebateu o ministro da Venezuela .

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