O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e os ministros das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, e da China, Wang Yi, divulgaram declaração conjunta pedindo ações contra as mudanças climáticas, em sessão neste sábado (29), em paralelo à reunião do G-20, em Osaka, no Japão.
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Na reunião, Guterres alertou para a "situação difícil" na ação climática, e agradeceu os compromissos de França e China com o Acordo de Paris sobre o clima em prol de uma abordagem multilateral da questão das mudanças climáticas .
António Guterres disse que a situação atual está pior do que o esperado. Ele apontou exemplos como a onda de calor na Europa , as secas e as tempestades. Para o secretário-geral, é preciso um impulso na vontade política, no momento em que as mudanças climáticas ocorrem mais depressa do que a ação para travá-la.
Guterres disse estar claro que deve ser limitado o aumento da temperatura a 1,5ºC até o final do século. O chefe da ONU afirmou ainda que é preciso um aumento significativo na ambição em áreas como mitigação, adaptação e recursos para o clima.
Ele defendeu os esforços para ajudar a alcançar a meta de US$ 100 bilhões por ano dos setores privado e público para apoiar os países em desenvolvimento, por meio do Fundo Verde para o Clima.
Guterres destacou ainda que a Cúpula do Clima em setembro, em Nova York, vai acontecer um ano antes da revisão dos compromissos sobre as contribuições determinadas pelos países. Para ele, essas medidas serão absolutamente decisivas para aumentar a ambição antes da COP25 no Chile.
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Acordo no G20
No contexto da cúpula do G-20, os líderes das principais economias mundiais acordaram neste sábado em fechar um pacto sobre as mudanças climáticas
, semelhante ao firmado em 2018.
"Teremos um texto semelhante ao da Argentina, uma declaração 19+1", informou a chefe de governo da Alemanha, Angela Merkel, aludindo também ao fato de que, mais uma vez, os Estados Unidos se recusam a participar.
O país alega aceitar a determinação dos demais 19 membros do grupo em combater a mudança climática, porém sem se comprometer, acrescentou Merkel.