O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou oficialmente sua campanha de reeleição na noite desta terça-feira (18), em Orlando, na Flórida, e reiterou os principais temas propostos na corrida pela Casa Branca em 2016, além de criticar os democratas.
"Hoje estou diante de vocês para lançar oficialmente minha campanha para um segundo mandato como presidente dos Estados Unidos", disse Trump diante de uma multidão no ginásio Amway Center. Em um discurso de aproximadamente 50 minutos e semelhante ao adotado na corrida eleitoral de 2016, o republicano afirmou que continuará lutando "por cada homem, mulher e criança", porque os Estados Unidos e sua economia são "a inveja do mundo".
"O sonho americano está de volta. Nosso país está maior e mais forte. Vamos mantê-lo melhor do que nunca", acrescentou. A campanha foi batizada com o slogan "Keep America great" - "Mantenha a América grande" - uma continuação do "Make America great again" ("Tornar a América grande de novo").
Durante a cerimônia estavam presentes o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, a primeira-dama Melania Trump, além do filho mais velho do magnata, Donald Trump Jr., e a porta-voz da Casa Branca , Sara Sanders. A Flórida é um estado chave para o presidente republicano, principalmente depois que registrou vitória no pleito de 2016.
Nesta terça, ele prometeu continuar com a repressão contra a imigração ilegal , um dia depois de afirmar que o Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA começará a remover "milhões de estrangeiros ilegais" do país em breve. "Acreditamos que nosso país deve ser um santuário para os cidadãos cumpridores da lei, não para os estrangeiros criminosos", acrescentou. O mandatário norte-americano ainda acusou os democratas de tentarem legalizar a imigração ilegal a fim de aumentar sua base de votos e de querer "destruir nosso país como o conhecemos".
Trump descreveu seus opositores como "esquerda radical", os quais traria o socialismo para os Estados Unidos. "Um voto para qualquer democrata em 2020 é um voto para a ascensão do socialismo radical e a destruição do sonho americano", disse à multidão. Além disso, o chefe de Estado dos EUA também elogiou a economia, criticou o inquérito do procurador especial Robert Mueller, responsável pela investigação sobre o suposto conluio entre a campanha de Trump em 2016 e a Rússia, e atacou novamente a imprensa, que cobriu o evento com "notícias falsas".
Em seu pronunciamento, o presidente ainda provocou a democrata Hillary Clinton a chamando de "desonesta". Ele a acusou de destruir 33 mil e-mails sem sofrer nenhuma punição. "Se eu apagar um e-mail romântico que enviei à Melania vou parar na cadeira elétrica", ressaltou. Antes do evento, Trump chegou a revelar que pelo menos 100 mil pessoas pediram ingresso para participar do comício. De acordo com a imprensa norte-americana, além da multidão, diversos opositores se reuniram próximo ao Amway Center para protestar contra a reeleição.
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Chamado "Win With Love" ("Vença com Amor", em tradução livre), o ato foi organizado por considerar um absurdo Trump realizar um comício em uma cidade com um grande comunidade gay. Apesar de ter prometido uma campanha "selvagem", o magnata tem aparecido em desvantagem em várias pesquisas em caso de disputa com o democrata Joe Biden, favorito na corrida pela Casa Branca.