O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite desta sexta-feira (7) que chegou a um acordo com o México e, assim, suspendeu a aplicação de taxas a produtos importados mexicanos programada para começar na segunda-feira.
As taxas, que aumentariam em 5 pontos percentuais todo o mês até um patamar máximo de 25%, faziam parte de uma estratégia de Trump para forçar o México a tomar medidas contra o fluxo de imigrantes ilegais rumo aos EUA.
No Twitter, o presidente norte-americano disse que o México concordou em adotar "fortes medidas" para controlar o problema migratório. As detenções de imigrantes na fronteira entre EUA e México atingiram em maio maior nível em uma década. "Isso está sendo feito para reduzir significativamente ou eliminar a imigração ilegal que sai do México rumo aos Estados Unidos", escreveu Trump.
Mais cede, autoridades de ambos os países se reuniram, em Washington, em busca de um plano para tentar conter a onda de imigrantes que usam o território mexicano para tentar passar ilegalmente pela fronteira americana. Segundo o chanceler mexicano, o país se comprometeu a enviar 6 mil soldados à fronteira com a Guatemala, principal ponto de passagem de imigrantes.
Na semana passada, o governo americano anunciou uma tarifa de 5% sobre todos os produtos mexicanos, a partir do dia 10 de junho. Depois disso a alíquota seria elevada em 5 pontos percentuais, todos os meses, até atingir 25% . Seria uma resposta ao que a Casa Branca chamou de “falta de ação” dos mexicanos para conter a imigração irregular.
O presidente russo, Vladimir Putin, chegou a acusar os Estados Unidos nesta sexta-feira de “egoísmo econômico desenfreado” e disse que as táticas de Washington levariam a guerras comerciais e “talvez não apenas guerras comerciais”. No mesmo evento, o presidente chinês, Xi Jinping, convocou as potências mundiais a proteger o sistema global de comércio multilateral.