Presidente da Argentina, Mauricio Macri, receberá o presidente Jair Bolsonaro
José Cruz/Agência Brasil
Presidente da Argentina, Mauricio Macri, receberá o presidente Jair Bolsonaro

Os presidentes do Brasil e da Argentina , Jair Bolsonaro e Mauricio Macri, assinarão nesta quinta-feira uma longa declaração bilateral que incluirá uma menção à crise venezuelana e reafirmará o respaldo de ambos os governos ao presidente do Parlamento daVenezuela , Juan Guaidó, autoproclamado “presidente encarregado” em janeiro passado.  A declaração incluirá questões bilaterais em matéria de comércio, defesa, meio ambiente e infraestrutura, entre outros assuntos. 

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De acordo com o documento, ao qual teve acesso, o Palácio do Planalto e a Casa Rosada questionarão o “regime” comandado pelo presidente Nicolás Maduro, alertarão sobre a grave crise humanitária que assola a Venezuela e ratificarão o pleno apoio a Guaidó. Neste momento, o presidente do Parlamento venezuelano parece enfraquecido e sem rumo claro.

"As posições do Brasil e da Argentina são claras em relação a Guaidó, continuamos apoiando todos seus esforços para que a Venezuela recupere sua democracia",  assegurou uma alta fonte do governo Macri .

A mesma fonte reconheceu que o fracasso da tentativa de levante militar contra Maduro em 30 de abril último causou preocupação na região. Mas, em momento algum, disse a fonte, cogitou-se deixar de respaldar o “governo encarregado” de Guaidó.

" O processo venezuelano é lento, é preciso ter paciência e entender que as coisas não mudarão da noite para o dia. Por isso é importante que Brasil e Argentina declarem, juntos, que o respaldo continua firme" enfatizou a fonte.

Depois de receber Bolsonaro , o presidente argentino terá um encontro com o chefe de Estado da Colômbia, Iván Duque, na próxima segunda-feira, também na Casa Rosada. Os três países são os principais aliados de Guaidó na região.

"É claro que os presidentes vão conversar muito sobre Venezuela, vão querer saber o que o outro está pensando. Não há grandes iniciativas a serem adotadas neste momento. A solução deve vir dos venezuelanos. Nosso papel é apoia", apontou a fonte argentina.

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A declaração será divulgada poucos dias depois de o governo brasileiro ter protagonizado um incidente diplomático com a representante de Guaidó no Brasil, professora Maria Teresa Belandria. Após ter sido convidada para apresentar suas cartas credenciais ao presidente Bolsonaro em 4 de junho passado, a embaixadora de Guaidó foi retirada da lista de convidados e, após vários dias de negociações e pressões por parte de outros países da região, o governo brasileiro recuou de sua decisão.

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