Na terça, Bolsonaro vai receber os novos embaixadores de sete países; a da Venezuela, que representa Guaidó, não irá
Marcos Corrêa/PR - 15.5.19
Na terça, Bolsonaro vai receber os novos embaixadores de sete países; a da Venezuela, que representa Guaidó, não irá

O Palácio do Planalto informou nesta sexta-feira que a recepção ou não das cartas credenciais da representante no Brasil do autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, a professora Maria Teresa Belandria, será "avaliada em momento mais oportuno."

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Em nota, o governo negou que a embaixadora tenha sido desconvidada para a apresentação de cartas credenciais ao presidente Jair Bolsonaro, na próxima terça-feira, 4 de junho, e reafirmou que segue reconhecendo Guaidó como presidente legítimo da Venezuela.

"A embaixadora não foi desconvidada. A recepção ou não das cartas credenciais dela será avaliada futuramente, em um momento mais oportuno. Independentemente disso, ela é a representante do presidente encarregado Juan Guaidó, que o Brasil segue reconhecendo como presidente legítimo da Venezuela ", informou o comunicado.

A decisão do governo brasileiro de, aparentemente, desconvidar a representante venezuelana causou mal-estar entre governos do Grupo de Lima (formado por 12 países do continente), principalmente Estados Unidos e Canadá, disseram ao Globo fontes diplomáticas da região.

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O Itamaraty também já havia divulgado uma nota oficial, reiterando “apoio irrestrito ao presidente Juan Guaidó em seus esforços pelo restabelecimento da democracia na Venezuela e reafirma sua disposição de, individualmente ou em cooperação com outros países, contribuir para restaurar plenamente a democracia na Venezuela e aliviar o sofrimento do povo venezuelano”.

Na tradição diplomática, a apresentação das credenciais marca o início formal dos trabalhos de um representante de governo estrangeiro no país em que vai servir. No próximo dia 4, Bolsonaro deve receber no Palácio do Planalto os novos embaixadores de México, Colômbia, Paraguai, Arábia Saudita, Peru, Guiné e Indonésia.

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O Brasil foi um dos mais de 50 países que reconheceu Guaidó como "presidente legíimo" da Venezuela, mas, apesar disso, não rompeu as relações com o governo de Maduro, que é quem de fato mantêm os instrumentos do poder na Venezuela.

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