Nesta sexta-feira (24), centenas de milhares de estudantes de escolas estão deixando a sala de aula e tomando as ruas para pedir aos políticos de suas cidades, estados e países que tomem medidas efetivas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
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Os protestos já ocorreram em mais de 1.400 cidades de mais de 110 países da Europa, Oceania, Oriente Médio e África, segundo cobertura do jornal inglês The Guardian , quando ainda era madrugada no Brasil. Os organizadores acreditam que o número de crianças e jovens participantes já deve superar os 1,4 milhão de pessoas que participaram da primeira greve climática global dos estudantes ocorrida no dia 15 de março .
Alexandria Villasenor, de 13 anos, que lidera o movimento climático nos Estados Unidos, resumiu a questão à rede de TV norte-americana CNN: “[Os jovens] precisam ter certeza de que as pessoas no poder começarão a tomar ação porque não temos tempo para esperar até que nós mesmos possamos fazer isso.”
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O movimento “Fridays for Future” (Sexta-feira para o futuro, em tradução livre) foi iniciado pela adolescente sueca Greta Thunberg, em agosto do ano passado (início do ano letivo no seu país), quando se recusava a assistir às aulas nas sextas-feiras, desafiando as leis locais que exigem que as crianças estejam na escola. Depois levou seu protesto para a porta do Parlamento na época das eleições, pedindo a atenção dos políticos do seu país ao meio ambiente. Seu movimento individual foi ganhando força, se espalhou pela Europa, depois pelos EUA e pelo mundo afora.
No ano passado, as emissões globais de carbono atingiram um nível recorde e o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alertou que uma ação global sem precedentes é necessária para limitar os aumentos da temperatura global a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais.
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No início deste mês outro alerta preocupante veio da Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES): um milhão das oito milhões de espécies de animais e plantas existentes na Terra estão ameaçadas de extinção em um futuro próximo por causa da ação dos seres humanos. O estudo foi escrito por 145 especialistas de 50 países e representa a avaliação mais abrangente da perda de natureza mundial de todos os tempos.