Prefeito de Nova York, Bill de Blasio, chegou a agradecer museu que recusou evento com Bolsonaro
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Prefeito de Nova York, Bill de Blasio, chegou a agradecer museu que recusou evento com Bolsonaro

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, lançou, na manhã desta quinta-feira (16), sua candidatura à nomeação democrata para as eleições presidenciais de 2020. O líder novaiorquino publicou o anúncio em um vídeo no YouTube no qual convocou eleitores a se unirem à sua plataforma, cujo tema central será a priorização da classe trabalhadora.

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"Quando colocamos nossas famílias trabalhadoras em primeiro lugar em Nova York, a cidade ficou mais forte. Isso também pode acontecer no nosso país", destacou De Blasio, o prefeito de Nova York. "É hora de colocar o povo trabalhador em primeiro lugar".

No vídeo de lançamento da candidatura, De Blasio ressalta que há muito dinheiro nos EUA , mas que ele está nas mãos erradas. O político destaca a luta da prefeitura em garantir que os novaiorquinos ganhassem um salário decente, como no aumento do salário mínimo para US$ 15 por hora e na garantia de remunerada licença de saúde.

O prefeito ainda classifica o acesso à saúde, inclusive a mental, como um direito fundamental do cidadão e reforça a sua mobilização pela preservação de recursos naturais do mundo. "Donald Trump precisa ser parado. Já o venci no passado e vou fazer isso de novo", ressaltou no vídeo.

Segundo a rede ABC , o primeiro ato de campanha do democrata ocorrerá em Gowrie, no estado de Iowa, ao lado da mulher, Chirlane McCray. No segundo mandato à frente da administração de Nova York, De Blasio se lança agora em uma acirrada disputa pela indicação do Partido Democrata. Há mais de 20 postulantes à nomeação para enfrentar o republicano Donald Trump, que buscará a reeleição.

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Desafeto de Bolsonaro

Nas últimas semanas, Bill de Blasio se envolveu em uma troca de farpas com Jair Bolsonaro. As desavenças começaram em abril, quando cresceu a polêmica sobre a homenagem da Câmara de Comércio Brasil-EUA ao presidente brasileiro. Inicialmente, o prêmio seria entregue ao presidente em Nova York, mas o prefeito deixou claro que o líder brasileiro não seria bem-vindo.

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De Blasio acusou o presidente brasileiro de ser "racista, homofóbico e destrutivo". Bolsonaro rebateu que o prefeito era um radical e recebeu o apoio, entre outros, do vice-presidente Hamilton Mourão, que acusou o líder americano de ofender todos os brasileiros. O presidente cancelou a visita a Nova York e transferiu a agenda para Dallas, no Texas.

"Também amo Nova York, pretendo, se o prefeito de lá deixar o poder, que vai deixar brevemente, conhecer essa cidade que também foi um sonho meu", destacou Bolsonaro durante a visita a Dallas, onde se reuniu com o ex-presidente republicano George W. Bush.

No início da semana, em desafio a Trump , De Blasio participou de evento na Trump Tower e destacou que oito dos prédios marcados com o nome do republicano deveriam à cidade US$ 2,1 milhões por ano caso a Organização Trump não ajustasse suas emissões de gases de efeito estufa. Enquanto discursava no palco, manifestantes levantaram cartazes com os dizeres "pior prefeito". O protesto fez jornalistas questionaram o democrata se a reação indicava o que estava por vir em uma eventual campanha presidencial dele.

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"Significa que estamos fazendo algo importante aqui em Nova York. Se todas essas pessoas que apoiam o presidente Trump estão se opondo ao que estamos fazendo, devemos estar fazendo algo certo", ressaltou o prefeito .

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