Juan Guaidó busca ajuda do Pentágono para resolver crise na Venezuela

Declarações acontece 48 horas depois do chefe do Comando Sul dos Estados Unidos publicar mensagem oferecendo ajuda ao opositor venezuelano

Juan Guaidó convocou manifestações para derrubar Maduro do poder na Venezuela
Foto: Reprodução/Twitter Juan Guaidó
Juan Guaidó convocou manifestações para derrubar Maduro do poder na Venezuela

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Guaidó discursou para dezenas de pessoas em uma praça da zona leste de Caracas e reiterou que mantém com governos aliados, liderados pelos Estados Unidos, "todas as opções" sobre a mesa na busca de uma solução para seu país e que inclua a saída de Nicolás Maduro do poder. O líder oposicionista, que preside a Assembleia Nacional (Parlamento) da Venezuela, explicou que com a reunião também pretende "conseguir a pressão necessária" para acabar com a Revolução Bolivariana, no poder desde 1999.

"O tempo todo falei de cooperação (porque) a intervenção na Venezuela já existe", disse, ao denunciar a suposta participação de cubanos na Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e a presença da guerrilha colombiana Exército de Libertação Nacional (ELN) no país.

As declarações de Guaidó são feitas 48 horas depois de o chefe do Comando Sul dos Estados Unidos , Craig Faller, publicar uma mensagem no Twitter oferecendo ajuda ao opositor venezuelano.

"Quando Guaidó e o governo legítimo da Venezuela convidarem, vamos falar sobre o nosso apoio aos líderes da FANB para que tomem a decisão certa, que respeitem os venezuelanos primeiro, e seja restaurada a ordem constitucional. Estamos prontos", afirmou o oficial do Pentágono.

O presidente do Parlamento venezuelano, reconhecido como chefe de governo por mais de 50 países, disse na quinta-feira que o seu país já passou da "linha vermelha" para pedir cooperação militar estrangeira, mas destacou que o mecanismo depende dos países que decidam prestar assistência nesse quesito.

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Venezuelanos no Brasil

Após a reabertura da fronteira com o Brasil , centenas de cidadãos venezuelanos entraram na cidade de Pacaraima, em Roraima, para comprar remédios e mantimentos ou mesmo para solicitar refúgio, informaram neste sábado fontes oficiais brasileiras. Só na sexta-feira, a Operação Acolhida registrou a entrada de 893 venezuelanos no Brasil .

Desde o início da crise migratória na Venezuela, as Forças Armadas, que comandam a operação, mantêm um posto de recepção e identificação na fronteira, onde os venezuelanos que chegam passam por uma triagem, recebem assistência médica, são vacinados e podem solicitar refúgio ou residência temporária ao governo brasileiro.