Após reabertura da fronteira, 893 venezuelanos entraram no Brasil

Com a reabertura, muitos aproveitaram para comprar alimentos na cidade de Pacaraima (RR), a mais próxima da fronteira entre os dois países

Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Operação Acolhida registrou fluxo intenso de venezuelanos entrando no Brasil desde a reabertura da fronteira

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Desde o início da crise migratória na Venezuela, as Forças Armadas, que comanda a operação, mantém um Posto de Recepção e Identificação na fronteira, onde os venezuelanos que chegam passam por uma triagem, recebem assistência médica, são vacinados e podem solicitar refúgio ou residência temporária ao governo brasileiro.

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Na sexta, além de voltar a liberar o tráfego de veículos entre Pacaraima, em Roraima , e Santa Elena de Uairén, no estado de Bolívar, o governo de Maduro permitirá o livre acesso a Aruba. Outras duas ilhas venezuelanas no Caribe, Curaçao e Bonaire, bastante procuradas por turistas estrangeiros, permanecerão “fechadas”.

O fechamento da fronteira foi mais um episódio na crise política e humanitária que se instaurou na Venezuela nos últimos anos, motivando milhões de venezuelanos a deixarem o país fugindo da situação de falta de segurança, de alimentos e de remédios e dos problemas na prestação de serviços públicos. A maioria destes imigrantes buscou refúgio na Colômbia, país que, segundo algumas estimativas, já recebeu mais de 1,2 milhão de venezuelanos.

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Muitos venezuelanos vieram para o Brasil , entrando por Roraima. De acordo com o escritório brasileiro da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), até março deste ano, mais de 240 mil venezuelanos ingressaram em território brasileiro alegando fugir da instabilidade política em busca de melhores condições de vida.