Cinco anos longe dos holofotes, o líder do Estado Islâmico , Abu Bakr al-Baghdadi, reapareceu em vídeo do grupo, no mês passado, para defender que o projeto terrorista está vivo — mesmo com o fim do califado que viera a público anunciar em 2014. Baghdadi tentou mobilizar seguidores para o que analistas veem como uma nova fase da organização.
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O período de transição do Estado Islâmico não significaria necessariamente menos força e se apoia na projeção de poder global via ação insurgente no Iraque e na Síria; capitalização de conflitos locais, como no Sri Lanka; e propagação de ideologia e tática num "califado virtual".
Para o jornalista Graeme Wood, autor do livro "A guerra do fim dos tempos — O Estado Islâmico e o mundo que ele quer", o EI se preparoupara o momento em que não teria território , mas poderia projetar seu poder globalmente.
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"Não é o fim do Estado Islâmico. Significa que a fase para a qual se preparou está em operação agora", disse Wood, que divide a nova etapa entre o esforço de retomada da insurgência no Iraque e na Síria e o apoio a ataques no exterior, planejados ou inspirados pelo grupo.
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Sem o califado, Estado Islâmico avançou para Afeganistão, Egito, Líbia, Sudeste da Ásia e África Ocidental. Em menor grau, para Somália, Iêmen, Península do Sinai e região do Sahel.