Depois de ser atingido por dois ciclones, Moçambique agora enfrenta fortes chuvas
Divulgação/UNICEF/Javier Rodriguez
Depois de ser atingido por dois ciclones, Moçambique agora enfrenta fortes chuvas


Atingido por dois ciclones em menos de dois meses, sendo o último deles na quinta-feira (25) , Moçambique se vê ameaçado agora por chuvas torrenciais, que continuam a cair na tarde deste sábado (27) no norte do país e provocam medo de inundações na região isolada.

"É preocupante que ainda esteja chovendo muito", disse Daw Mohammed, diretor de operações humanitárias da organização Care, que está atuando em Moçambique.

Assim como a Care, outras agências de ajuda disseram que ainda estão lutando para chegar às vítimas e calcular a extensão da devastação na província de Cabo Delgado, uma das mais afetadas. 

Nesta manhã, os serviços de resgate, principalmente os militares brasileiros , além do auxílio do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) chegaram a Pemba, capital de Cabo Delgado, para avaliar a situação.

De acordo com Saviano Abreu, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) na África Oriental e Austral, as chuvas foram particularmente graves nas áreas ao norte da cidade, 

Relembre os ciclones que atingiram Moçambique

Grande parte de Moçambique ficou alagada e sem comunicações em função da passagem do ciclone Idai
Reprodução/Facebook presidente Filipe Nyusi
Grande parte de Moçambique ficou alagada e sem comunicações em função da passagem do ciclone Idai


Na quinta-feira (25), o ciclone Kenneth , com ventos de até 280 quilômetros por hora e chuvas pesadas, destruiu quase todas as casas na ilha de Ibo, matando pelo menos uma pessoa na cidade portuária de Pemba e duas em outras regiões, autoridades moçambicanas informaram.

O Kenneth atingiu um país que ainda enfrenta as consequências do ciclone Idai , que, em março, afetou o sul moçambicano, inundou enormes áreas e matou mais de mil pessoas em Moçambique, no Malawi e no Zimbábue.

O governo e as agências de ajuda disseram que 30 mil pessoas foram transferidas para áreas seguras e que um total de quase 700 mil permanecem em risco no norte de Moçambique . A Care disse que o governo criou 20 centros de evacuação em Pemba, mas os aviões são necessários porque muitas das áreas afetadas não podem ser acessadas por estradas.


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