O ex-presidente do Peru Alan García, que comandou o país entre 2006 e 2011, morreu na manhã desta quarta-feira (17) após ser internado no hospital Casimiro Ulloa, no distrito de Miraflores com um tiro na cabela. O político era acusado de ter suburno da empreiteira brasileira Odebrecht e recebeu um pedido de prisão pouco antes do incidente.
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De acordo com as autoridades, o ex-presidente do Peru cometeu suicídio após saber que seria encarcerado. O secretário pessoal de García, Ricardo Pinedo, informou que o ex-presidente entrou em seu quarto depois de ser informado que um promotor de justiça estava na porta de sua casa, informou o jornal "La Republica", de Lima.
Em novembro de 2018, o político chegou a pedir asilo no Uruguai, mas foi impedido de deixar o país natal por conta das investigações.
O caso da Odebrecht
no Peru até agora espirrou mos presidentes Alejandro Toledo (2001-2006), Alan Garcia (2006-2011), Ollanta Humala (2011-2016) e Pedro Pablo Kuczynski
(2016-2018). Todos estão sob investigação do Ministério Público peruano. Toledo, que supostamente recebeu US$ 20 milhões da empreiteira pela construção de uma rodovia, vive nos Estados Unidos.
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O escândalo também salpicou nas ex-candidatas Lourdes Flores e Keiko Fujimori, filha do ex-presidente do Peru
Alberto Fujimori (1990-2000), em prisão preventiva pelo caso desde 31 de outubro. Negociações semelhantes de cooperação ocorreram também com Brasil, Estados Unidos, Suíça, República Dominicana, Panamá, Equador e Guatemala.