Juan Guaidó comandava uma sessão na Assembleia Nacional da Venezuela quando o grupo paramilitar cercou as saídas
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Juan Guaidó comandava uma sessão na Assembleia Nacional da Venezuela quando o grupo paramilitar cercou as saídas

Um grupo paramilitar cercou a Assembleia Nacional da Venezuela, nessa terça-feira (26), e isolou parlamentares que participavam de uma sessão que teve como principal orador o líder da oposição, Juan Guaidó. De acordo com a imprensa local, os militantes também agrediram jornalistas e atacaram o carro que levava Guaidó. 

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Membros de coletivos, como são chamados os grupos paramilitares ligados ao governo de Nicolás Maduro, bloquearam todas as saídas da Assembleia da Venezuela , isolando parlamentares e jornalistas por, pelo menos, três horas. 

Segundo o jornal El Nacional , os militantes atiraram artefatos explosivos no carro onde estava o autoproclamado presidente interino. Segundo a assessoria de Juan Guaidó , o grupo tentou abrir as portas do veículo e golpeou os vidros com força. Ele não se feriu. 

Grupo paramilitar atacou carro que levava Juan Guaidó
Reprodução/TV Venezuela
Grupo paramilitar atacou carro que levava Juan Guaidó

Um vídeo divulgado pela TV Venezuela mostra o momento em que os militantes atacam o carro de deputados que tentava sair da Assembleia. É possível ver um deles tentando abrir a porta do veículo e, mais ao fundo, um artefato explosivo sendo atirado. Assista: 





De acordo com um comunicado do Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa, houve vários ataques a jornalistas no local e pelo menos 10 veículos foram impedidos de deixar a Assembleia. Profissionais da agência  Reuters tiveram seus aparelhos de gravação e celulares roubados e membros da rede colombiana NTN 24 foram agredidos a pauladas pelo grupo. O sindicato ainda informou que um carro das equipes de reportagem também foi roubado. 

Durante a sessão, o presidente interino falou sobre a "tomada de Miraflores", uma série de protestos que têm como objetivo terminar no palácio presidencial para ocupar o lugar de Maduro .

A situação acontece em um momento conturbado, em que o chefe do assessor de Guaidó, Roberto Marrero foi preso pelo regime e levado ao Helicóide. Nas últimas semanas,  dois aviões das Forças Armadas da Rússia pousaram em território venezuelano com cerca de cem militares, em apoio ao regime de Maduro. 

Além disso, um novo apagão atingiu a Venezuela  desde a última segunda-feira, deixando 85% do país sem acesso à internet e sinal de telefone. Os dias de trabalho e as aulas foram suspensas e a população relata que há dificuldade para estocar comida e se locomover, pois o transporte público está paralisado.

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