O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o massacre ocorrido em duas mesquitas na Nova Zelândia, nesta sexta-feira (15), que deixou pelo menos 49 pessoas mortas e outras 48 feridas na cidade de Christchurch. Além dele, o papa Francisco e rainha Elizabeth II também lamentaram o ocorrido e expressaram "dor" pela tragédia.
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Donald Trump foi apontado como um homem admirado por um dos atiradores, segundo as investigações. O jovem australiano de 28 anos, identificado como Brenton Tarrant, se definiu como "fascista" e elogiou o presidente norte-americano e a China, em um manifesto intitulado "A Grande Substituição". Tarrant foi o atirador que transmitiu ao vivo, via Facebook, o atentado cometido na Nova Zelândia .
My warmest sympathy and best wishes goes out to the people of New Zealand after the horrible massacre in the Mosques. 49 innocent people have so senselessly died, with so many more seriously injured. The U.S. stands by New Zealand for anything we can do. God bless all!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 15 de março de 2019
Além de Tarrant, outras três pessoas estão envolvidas no ataque a tiros. De acordo com as primeiras investigações, Tarrant deixou um manifesto sobre o ataque, no qual diz que a China é um modelo de país, "uma nação com valores políticos e sociais mais próximos aos meus". Também no documento de 74 páginas postado na web, ele demonstrou admiração por Trump , citando- o como "símbolo de uma identidade branca renovada".
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Em suas declarações, Trump não comentou o fato de ser alvo de admiração. Limitou-se, apenas, a condenar o ataque que chamou de "massacre sem sentido".
"Minha mais calorosa simpatia e meus melhores desejos ao povo da Nova Zelândia, após o horrível massacre nas mesquitas. 49 pessoas inocentes morreram nesse ataque tão sem sentido, enquanto tantos outros ficaram feridos. Os EUA apoia a Nova Zelândia para qualquer coisa que pudermos fazer. Deus abençoe a todos!", escreveu.
Além de Trump, o papa Francisco , líder da Igreja Católica, também condenou o ataque. Em um telegrama enviado pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, o pontífice afirmou estar "profundamente entristecido ao saber dos feridos e da perda de vidas causadas pelos atos sem sentido de violência".
O líder da Igreja Católica ainda expressou sua solidariedade "sincera" a todos os neozelandeses e, em particular, a comunidade muçulmana. "Consciente dos esforços de segurança e de emergência nesta situação difícil, Francisco reza pela cura dos feridos, o consolo daqueles que sofrem pela perde de seus queridos e para todos os afetados por esta tragédia", diz a mensagem.
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Por sua vez, a rainha Elizabeth II demonstrou sua "dor" e disse estar "profundamente triste com os eventos assustadores de hoje em Christchurch". "O príncipe Philip e eu enviamos nossas condolências às famílias e amigos daqueles que perderam suas vidas. Meus pensamentos e orações estão com todos", acrescenta a rainha em mensagem ao governo da Nova Zelândia .
* Com informações da Agência Ansa.