Ataques simultâneos a duas mesquitas na cidade de Christchurch, no sul da Nova Zelândia, deixaram pelo menos 49 mortos e 48 feridos na madrugada desta sexta-feira (15). Dentre os feridos, 12 pessoas estão em estado grave. As autoridades classificaram o crime como ataque terrorista de extrema direita. Um dos ataques foi transmitido ao vivo nos canais de mídia social.
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De acordo com a polícia, testemunhas relataram a presença de homens vestidos de preto e encapuzados minutos antes do incidente. Após os disparos, os suspeitos teriam fugido do local antes da chegada das autoridades. Porém, a imprensa da Nova Zelândia afirma que quatro suspeitos, três homens e uma mulher, já foram presos. No horário local, os ataques aconteceram pela tarde.
Bangladesh team escaped from a mosque near Hagley Park where there were active shooters. They ran back through Hagley Park back to the Oval. pic.twitter.com/VtkqSrljjV
— Mohammad Isam (@Isam84) March 15, 2019
Inicialmente, falava-se sobre dois ataques simultâneos. Porém, confirmou-se depois que foram três os locais atingidos. O principal deles foi a mesquita de Linwood que recebia cerca de 300 pessoas no momento da ação criminosa. O atirador, que portava um rifle automático, chegou a filmar sua ação e transmitir ao vivo no Facebook.
O local recebia a visita da seleção de críquete de Bangladesh, que visitava a cidade antes de fazer partida amistosa contra o país. Por sorte, os atletas não sofreram qualquer ferimento.
Em comunicado nas redes sociais, a assessoria do time neozelandês confirmou que o jogo foi cancelado devido a questões de segurança.
Relatos de testemunhas
Em entrevista para a rede norte-americana CNN , uma das testemunhas relatou que havia cerca de 300 pessoas dentro da mesquita e que o atirador entrou por uma porta nos fundos do local e começou a atirar. Ele confirmou também a presença de um segundo atirador em outra mesquita, onde cinco pessoas morreram.
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A polícia de Christchurch , que já conseguiu identificar e prender um dos terroristas, pede que a população fique dentro de casa, para evitar novos incidentes até que os outros atiradores sejam encontrados e neutralizados.
Em entrevista coletiva, a primeira ministra Jacinda Ardern, chamou o ataque de um ato de violência sem precedentes e que não tem lugar na Nova Zelândia . "É um dos dias mais sangrentos da história do país", lamentou.
There is an active shooter in Christchurch and people are being told to stay indoors. All schools are in lockdown. Police Commissioner Mike Bush says it is a "serious and evolving situation" pic.twitter.com/QhwNQ6Vcjn
— Checkpoint (@CheckpointRNZ) March 15, 2019