Jornalista francês afirma que Vaticano mantém
Reprodução/Twitter/Vatican News
Jornalista francês afirma que Vaticano mantém "sistema gay" entre os integrantes do clero

O Vaticano tem uma das maiores comunidades homossexuais do mundo, segundo o jornalista e escritor francês Fréderic Martel. A declaração foi dada durante entrevista à revista Le Point sobre o lançamento de seu livro ‘No Armário do Vaticano’, com o qual o jornalista promete provocar um escândalo ao revelar a presença de homossexuais nas hierarquias mais alta da Igreja Católica.

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Após quatro anos de pesquisa e mais de 1.500 entrevistas com cardeais, bispos, embaixadores papais, oficiais diplomáticos, guardas suíços, padres e seminaristas, Martel afirmou que 80% dos padres que trabalham no Vaticano são gays, embora não necessariamente sexualmente ativos. Segundo o autor, há várias “categorias” de homossexuais, às quais Martel chama de “Fifty Shades of Gay”, um trocadilho com o livro '50 Tons de Cinza'.

"Tem os que não praticam e respeitam os votos de castidade, tem os que vivem mal sua homossexualidade e tentam se ‘curar’, tem alguns que vivem em relações estáveis com seus companheiros, que eles apresentam como um assistente ou um cunhado, e tem aqueles que multiplicam os parceiros ou apelam para a prostituição", revelou.

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O jornalista, que é homossexual assumido, explicou que há um “sistema gay” dentro da Santa Sé, que só foi descoberto porque ele se tornou muito próximo dos religiosos durante a investigação, que contou com a ajuda de quatro pessoas próximas ao papa Francisco. Na obra, não fica claro se o pontífice é a favor das revelações dentro do Vaticano.

Com 630 páginas, o livro será publicado no próximo dia 21 de fevereiro, data que coincide com o início da cúpula convocada pelo papa, com bispos de mais de 100 países, a fim de debater sobre os casos de abuso sexual contra menores cometidos por bispos e padres , nos últimos anos.

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Segundo o jornalista, a existência de homossexuais dentre os integrantes do clero é o “segredo mais bem guardado” do Vaticano e revela um dos diversos casos de “corrupção e hipocrisia” que envolvem a Igreja Católica.

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