Líderes da Igreja Católica do Texas revelaram, nesta sexta-feira (1ª), uma lista com nomes de cerca de 300 padres e religiosos acusados de abusarem sexualmente de crianças, nos últimos 70 anos, no estado norte-americano. As igrejas não especificaram se a medida vai resultar em acusações criminais contra os religiosos que, na maior parte, já faleceram.
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Apesar disso, a decisão de divulgar as identidades dos padres suspeitos não foi em vão. Essa é mais uma medida tomada pela Igreja Católica para dar mais transparência às investigações que cercam um dos maiores escândalos envolvendo a instituição em todo o mundo, principalmente no Chile, Austrália e Estados Unidos. De acordo com documento divulgado online pelas 15 arquidioceses do Texas, pelo menos 298 membros do clero são acusados de terem abusado sexualmente de menores – alguns nomes datam da década de 40.
Essa é uma das maiores listas já publicadas nos Estados Unidos e a medida foi tomada sem que houvesse uma decisão judicial prévia. A Igreja de San Antonio é a maior do estado e lidera a lista com 57 nomes. As arquidioceses de Houston – com 42 padres – e de Dallas – com 31 – vêm logo em seguida. Dois padres, um de San Antonio e um de Houston estão sob investigação e se enquadram na lista de casos de pedofilia registrados recentemente.
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De acordo com as autoridades que divulgaram a lista, 172 dos padres acusados estão mortos, enquanto o restante foi removido do clero. "A publicação da lista não é o fim de um processo, mas sim um passo ao longo do caminho para uma contabilidade completa de todos os membros do clero que serviram na diocese e que abusaram sexualmente de menores", explicou o bispo norte-americano, Mark Seitz.
Além disso, a medida ainda é uma forma de “promover a cura e a restauração da confiança na Igreja Católica ”, segundo Seitz. Entre os dias 21 e 24 de fevereiro, uma reunião com conferências episcopais será realizada, junto com o papa Francisco, a fim de discutir os casos de pedofilia que vêm sendo registrados.
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A lista foi divulgada cinco meses após a Justiça da Pensilvânia ter divulgado um relatório com mais de 300 nomes de padres e religiosos acusados de abusarem menores ou ajudarem a acobertar o crime. Tal medida levou outros estados norte-americanos a investigarem casos nas arquidioceses ao redor do país.
*Com informações da Ansa.