Homem chegou até a portaria da escola em Bogotá e, ao ser detido nos controles de segurança, acelerou o veículo
Reprodução/ Twitter
Homem chegou até a portaria da escola em Bogotá e, ao ser detido nos controles de segurança, acelerou o veículo

Ao menos dez pessoas morreram e 54 ficaram feridas após a explosão de um carro-bomba em Bogotá, capital da Colômbia, nesta quinta-feira (17). O ataque ocorreu por volta de 9h30 (horário local), em frente à Escola de Polícia General Santander.

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De acordo com o jornal El Tiempo, um homem chegou até a portaria da escola em Bogotá e, ao ser detido nos controles de segurança, acelerou o veículo até bater contra uma parede. O automóvel explodiu, matando o motorista e ao menos outras sete pessoas.

O ataque ocorreu pouco depois de uma cerimônia de promoção de generais. "Estou retornando imediatamente a capital com a cúpula militar ante o miserável ato terrorista cometido na Escola General Santander contra nossos policiais", escreveu no Twitter o presidente da Colômbia, Iván Duque, que tomou posse em agosto passado. 

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Também pelo Twitter, o prefeito da capital, Enrique Peñalosa, afirmou que não há indícos de um novo atentado. "Não vamos nos deixar intimidar. Os colombianos podem ficar tranquilos. As autoridades têm implantado diferentes controles em toda a cidade e não há nenhuma indicação de outro ataque terrorista", disse. O prefeito também afirmou que os terroristas não irão intimidar a Colômbia.



No fim da tarde, o governo colombiano identificou José Aldemar Rojas Rodríguez como autor do atentado. Segundo o procurador-geral, Néstor Humberto Martínez, Rodríguez entrou na escola em um carro cinza, por volta das 9h30. Foram usados no atentado 80 quilos de material explosivo. O autor do atentado está entre os mortos, informou a imprensa local. 

"Este é um ataque a um centro acadêmico onde havia jovens estudantes desarmados. É um ataque não só contra a juventude e não só contra a força pública e nossas polícias, é contra toda a sociedade. Este ato terrorista não ficará impune", disse o presidente da Colômbia , Iván Duque. E acrescentou: "Os colombiano nunca nos submetemos ao terrorismo, sempre o derrotamos. Essa não será exceção."

Duque convocou toda a população a colaborar com as investigações e pediu que, se alguém tivesse alguma informação, entrasse em contato com a rede de participação cívica, pelo número local 123. 

Em nota, a Organização das Nações Unidas (ONU) condenou o ataque, e a Oficina da ONU na Colombia afirmou que o atentado “é um ato criminoso absolutamente inaceitável, que vai contra os esforços que vêm sendo feitos no país para o combate à violência e o trabalho de diferentes setores para um futuro mais próspero e pacífico". Segundo o Ministério da Defesa colombiano, os feridos estão recebendo atendimento no Hospital Policlínica da Polícia Nacional.

O país conviveu durante anos com atentados cometidos por narcotraficantes e guerrilhas, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que hoje  são um partido político dentro da lei. Nos últimos anos, no entanto, ganhou corpo o conflito entre  Bogotá e o Exército de Libertação Nacional (ELN), maior guerrilha ativa do país. O atentado desta quinta ainda não foi reivindicado.

* Com informações da Ansa e Agência Brasil

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