Uma forte explosão deixou pelo menos 18 mortos em uma instituição de ensino de Kertch, no leste da Crimeia – ex-península ucraniana que foi anexada pela Rússia. O incidente desta quarta-feira (17) vem sendo tratado como um atentado na Crimeia e deixou cerca de 50 pessoas feridas.
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O balanço do número de vítimas é do governador da região, Sergei Aksyonov, que também confirmou que o autor do atentado na Crimeia foi um estudante de 22 anos, do Instituto Politécnico de Kerch. Seu corpo foi encontrado baleado na biblioteca, situada no segundo andar do prédio, mas Aksyonov não forneceu sua identidade. Ele teria cometido suicídio.
De acordo com as investigações, o ataque teria começado com a explosão de uma bomba improvisada. Há relatos de que ele estava armado com um fuzil e que alguns alunos teriam sido mortos a tiros, mas a dinâmica exata do atentado ainda é incerta.
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A maioria das vítimas da explosão era estudante da faculdade técnica. Porém, o local também era frequentado por adolescentes, que tinha aula em uma escola vocacional no mesmo complexo educacional.
O portal Russia Today afirmou, por sua vez, que o caso é investigado como "homicídio", e não como "terrorismo", mas a informação não foi confirmada oficialmente. "Os motivos e teorias dessa tragédia estão sendo minuciosamente investigados", disse o presidente Vladimir Putin . Ainda segundo Putin, as agências de inteligência locais foram mobilizadas para acompanhar o caso e acelerar as investigações.
A Crimeia pertencia à Ucrânia, mas foi anexada pela Rússia no ano de 2014. Tal anexação levou o país a ser removido do então G8 e provocou uma série de sanções internacionais contra Moscou e contra o presidente Vladimir Putin.
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A cidade que protagonizou o atentado na Crimeia
, Kerch, por sua vez, é a que abriga a ponte que conecta fisicamente a península à Rússia, inaugurada em maio passado, apesar dos protestos de Kiev.
* Com informações da Agência Ansa.