O presidente da Interpol, Meng Hongwei, de 64 anos, está desaparecido desde o último dia 29 de setembro. O sumiço de Hongwei foi denunciado, nesta sexta-feira (5), pela própria família do presidente, após uma semana sem ele responder aos seus contatos. Hongwei reside em Lyon, na França, mas estava em uma viagem pela China, seu país de origem.
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Frente a isso, a França anunciou hoje que abriu uma investigação sobre o desaparecimento do presidente da Interpol . Ele também é ex-dirigente do Partido Comunista Chinês e, antes de ser eleito à direção da organização internacional de polícia criminal, foi vice-ministro na China, responsável pela segurança pública.
Integrada por 192 países e coordenadora da ação policial internacional, a Interpol afirmou que está ciente do que chamou de "suposto desaparecimento", mas ressaltou que não comentará o caso.
"Essa é uma questão para as autoridades relevantes da França e da China", afirmou a organização, acrescentando que, por enquanto, o secretário-geral Jürgen Stock permanece como responsável pelo comando das operações da instituição.
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Após sua nomeação à presidência da Interpol, em 2016, Meng Hongwei
chegou a ser criticado por entidades de direitos humanos. Isso porque, na época, os grupos expressaram preocupação de que Pequim pudesse tentar usar sua posição na organização para perseguir dissidentes no exterior.
Afinal, há muito tempo, Pequim tenta conseguir o apoio de outros países para prender e deportar de volta à China cidadãos que acusa de crimes como corrupção e terrorismo. O mandato de Hongwei na Interpol termina em 2020.
Segundo o jornal South China Morning Post
, uma fonte não identificada informou que Hongwei está sob investigação na China e, por esse motivo, chegou a ser levado pelas autoridades para prestar depoimento e ser interrogado logo após entrar no país.
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Porém, a publicação afirma não ter detalhes sobre a investigação e nem sobre o paradeiro atual do presidente da Interpol .
* Com informações da Agência Ansa.