Moradores de Hong Kong se refugiam em casa após a chagada do tufão Mangkhut neste domingo (16), já classificado como a tempestade mais forte do mundo neste ano, o tufão já deixou ao menos 40 mortos e um rastro de destruição nas Filipinas . Os ventos e as chuvas agora seguem também para Macau e para cidades do sul da China.
O Observatório de Hong Kong (HKO, na sigla em inglês) elevou o sinal de tempestade para T10, o nível mais alto de alerta existente, na manhã deste domingo, horário local, com cidades quase totalmente sem energia. Segundo o HKO, foram registrados ventos de 173 km/h, enquanto autoridades realizam alerta sobre a ameaça de tempestades e inundações causadas pelas chuvas torrenciais trazidas pelo tufão .
Em poucas horas, os ventos ferozes já arrancaram telhados, quebraram janelas e derrubaram árvores em Hong Kong . Vídeos compartilhados nas redes sociais e feitos em câmeras de segurança dão conta do poder da tempestade, que gera temor nos países asiáticos.
Ao chegar nas Filipinas e na ilha de Luzon, o Mangkhut apresentou ventos de mais de 270 km/h, enquanto que, hoje, foram registradas rajadas de vento de até 223 km/h, quando o olho da tempestade passou ao sul do território de Hong Kong, ainda de acordo com o HKO.
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Já ao longo da costa de Macau, que foi atingido pelo supertufão Hato em agosto passado, todos os estabelecimentos (incluindo os famosos cassinos) foram fechados, e todos os barcos de pesca da província chinesa de Guangdong foram chamados para o porto. Por lá, dezenas de pessoas já ficaram feridas.
Entre as consequências do supertufão estão os cancelamentos de voos nos países asiáticos e a paralisação dos serviços de trens neste domingo. Cidades estão sem energia e alguns locais ficaram completamente isolados.
Tufão é uma das maiores tempestade das últimas décadas
A expectativa é que essa seja uma das maiores tempestades da história na região. Para se ter ideia, esta é a 15ª vez em mais de 60 anos em que foi lançado o alerta T10. A última vez foi no ano passado, com o Hato.
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O supertufão nas Filipinas
Nesse sábado (15), a tempestade passou pelas Filipinas, destruindo casas em pequenas cidades e vilas no norte da ilha de Luzon. Harry Roque, o porta-voz do presidente Rodrigo Duterte, afirmou à imprensa neste domingo que o número de mortes chega a 40.
Segundo Roque, a maior parte dos falecimentos aconteceu durante deslizamentos de terra, especialmente na região administrativa de Cordillera.
Mais de 250 mil pessoas foram afetadas pela tempestade no país, e pelo menos a metade delas ainda está em busca de abrigo em centros de evacuação no norte. O presidente Rodrigo Duterte afirmou que irá à região para ver as operações de danos e recuperação, de acordo com o secretário de Comunicações do Palácio, Martin Andanar.
Os danos mais severos ocorreram no norte de Luzon, uma região pouco povoada que é considerada o "celeiro das Filipinas", embora áreas distantes como Manila, que estava a mais de 340 km do olho da tempestade, tenham sido atingidas com chuvas que causaram inundações em áreas urbanas.
Desde ontem, o tufão já causou 51 deslizamentos de terra somente no norte das Filipinas. Equipes de busca estão procurando por pessoas desaparecidas na região montanhosa de Cordillera, afirmou o secretário de Assuntos Políticos, Francis Tolentino.