O olho do furacão Florence tocou, na manhã desta sexta-feira (14), o solo do estado norte-americano da Carolina do Norte. Com isso, estão previstas chuvas torrenciais e "inundações catastróficas" . As previsões são do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), que já registra ventos com velocidade superior a 150 km/h.
Ao todo, já são mais de 100 mil casas sem energia na costa leste dos Estados Unidos, segundo os jornais locais. Na noite de ontem, o furacão Florence desceu para a categoria 1, mas isso tornará a situação ainda mais complicada nos estados litorâneos por onde passar, segundo os especialistas, já que estacionará por mais tempo, trazendo chuvas ainda mais violentas que as previstas.
Por enquanto, cinco estados – Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Virgínia e Maryland – declararam estado de emergência. Além disso, as autoridades norte-americanas já ordenaram a evacuação de mais de 1,7 milhão de pessoas, sendo que nem todas se disporam a deixar suas casas e se proteger do furacão .
"Não brinquem com isso, esse é dos grandes", alertou o presidente Donald Trump , frente à resistência dos moradores.
Leia também: "A casa é tudo o que temos", diz americano obrigado a evacuar devido a furacão
"Esta tempestade é grandiosa, nunca presenciamos nada assim anteriormente”, disse o governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, em um comunicado de alerta emitido na terça-feira (11). "Mesmo que já tenhamos enfrentado furacões antes, este será diferente. Não arrisquem suas vidas lutando contra um ‘monstro’”, acrescentou.
Mudanças climáticas alteram furacão Florence
Segundo um estudo da Universidade Stony Brook com o Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, o Florence teria metade da chuva se não fossem os efeitos das mudanças climáticas.
Leia também: Donald Trump assina ordem contra interferência estrangeira nas eleições dos EUA
De acordo com os pesquisadores, o aumento das temperaturas turbinou esse fenômeno e também outros eventos catastróficos. Nos cálculos deles, foi concluído que o furacão Florence carrega 50% a mais de chuva e possui um diâmetro de 80 quilômetros maior do que teria sem o atual problema do aumento da temperatura atmosférica.
* Com informações da Agência Ansa.