Chemnitz, Alemanha: cerca de 8 mil pessoas participaram dos protestos contrários aos refugiados deste sábado, segundo estimativas da polícia  local
Reprodução/YouTube (EuroNews)
Chemnitz, Alemanha: cerca de 8 mil pessoas participaram dos protestos contrários aos refugiados deste sábado, segundo estimativas da polícia local

Na tarde de ontem (1º), em Chemnitz, na Alemanha, milhares de simpatizantes de grupos de extrema-direita saíram às ruas da cidade para protestar contra a política de refugiados adotada pelo governo. Durante as manifestações, 18 pessoas ficaram feridas e 37 ocorrências criminais foram registradas. As informações são da rede pública de rádio e televisão  Deutsche Welle (DW).

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Segundo a imprensa local, os manifestantes foram convocados por grupos de extrema-direita, contrários à entrada de estrangeiros no país. Os atos foram organizados principalmente pelos partidos Pro Chemnitz e Alternativa para a Alemanha (AfD) e pelo movimento anti-islâmico Pegida.

Cerca de 8 mil pessoas participaram dos protestos contrários aos refugiados deste sábado, segundo estimativas da polícia alemã. Paralelamente, nas proximidades, 3,5 mil pessoas se reuniram em outra manifestação para denunciar a xenofobia e a violência contra estrangeiros no país, carregando cartazes com os dizeres "Chemnitz livre de nazistas" e "Tenha coração, não hostilidade".

Dentre os 18 feridos, estavam três policiais que tentavam separar os manifestantes de extrema-direita das outras pessoas que protestavam contra a xenofobia . Além disso, um jovem afegão de 20 anos de idade foi atacado horas depois do fim dos protestos por quatro homens encapuzados. As autoridades ainda não sabem se os agressores participavam da manifestação.

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Ao longo do sábado, a polícia local registrou 37 ocorrências criminais nos protestos, incluindo lesão corporal, exibição de símbolos proibidos e vandalismo. Pelo Twitter, o deputado Sören Bartol, do Partido Social Democrata alemão (SPD), disse ter sido "emboscado" por nazistas, que destruíram bandeiras de seu partido e agrediram manifestantes contrários à xenofobia.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, se posicionou sobre os protestos deste sábado, data que marca os 79 anos do início da Segunda Guerra Mundial . "[Durante a Segunda Guerra] A Alemanha causou sofrimento incomensurável na Europa. Se as pessoas estão indo às ruas novamente e fazendo saudações nazistas, nossa história passada nos força a defender a democracia de maneira resoluta", disse, segundo divulgou a DW.

Motivação dos manifestantes

A cidade de Chemnitz, no leste da Alemanha, virou palco de manifestações da extrema-direita desde que um cidadão alemão foi morto a facadas no último fim de semana
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A cidade de Chemnitz, no leste da Alemanha, virou palco de manifestações da extrema-direita desde que um cidadão alemão foi morto a facadas no último fim de semana

A cidade de Chemnitz, no estado da Saxônia, virou palco de manifestações da extrema-direita desde que um cidadão alemão foi morto a facadas no último fim de semana. Os dois suspeitos pelo crime - um sírio, o outro iraquiano - são estrangeiros, o que pode ter motivado a convocação das marchas deste dia 1º.

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Os manifestantes contrários aos refugiados exibiram bandeiras e cartazes com frases como "Merkel precisa ir embora" e "Nós somos o povo". O primeiro faz referência à chanceler alemã Angela Merkel; o segundo, a um antigo slogan dos ativistas que protestavam contra o antigo governo da Alemanha Oriental em 1989.

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