Apenas dois dias após afirmar que “tiraria o Brasil da ONU”, o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) voltou atrás da promessa e afirma que “jamais pensaria em sair da Organização das Nações Unidas”.
Ao jornal Folha de S. Paulo , Jair Bolsonaro afirmou que teria cometido um “ato falho” durante o evento em Resende, no Rio de Janeiro. “Em Resende, eu não falei conselho, houve um ato falho meu e aí já se começou dizendo que sairia da ONU. Eu jamais pensaria em sair da ONU. É sair do conselho de Direitos Humanos”, disse.
“Eu vomitei aquilo sem falar de Conselho de Direitos Humanos da ONU . Ai é onde houve uma falha minha”, defendeu à Folha por telefone.
No sábado (18), o candidato do PSL criticou a organização internacional por causa da decisão liminar do Comitê de Direitos Humanos a favor da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As declarações polêmicas foram realizadas tanto na internet – em sua página do Twitter – como também em evento de militares na cidade de Resende.
"Há mais ou menos dois meses, falei em entrevista que já teria tirado o Brasil do conselho da ONU. Não só por se posicionarem contra Israel, mas por sempre estarem ao lado de tudo que não presta. Este atual apoio a um corrupto condenado e preso é só mais um exemplo da nossa posição", protestou em sua conta na rede social.
Durante cerimônia de cadetes da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), mesmo local onde Bolsonaro se formou capitão do Exército, o hoje presidenciável disse à reportagem do jornal que a ONU "não serve para nada" e não tem "o menor compromisso" com as nações da América do Sul. "É um local para reunião de comunistas", disse.
Jair Bolsonaro imita Donald Trump?
Polêmica, mas não original, o candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro propõe a mesma ação que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez há dois meses , quando anunciou a retirada do país do Conselho de Direitos Humanos. Os outros países que não fazem parte do órgão são Irã, Coreia do Norte e Eritreia.