Pelo menos dez crianças brasileiras ainda estão em abrigos nos EUA após terem sido separadas de suas famílias ao tentar entrar ilegalmente no país, informou nesta quinta-feira (26) o Ministério das Relações Exteriores do Brasil. De acordo com a pasta, quatro estão em centros em Chicago e seis em abrigos em Houston.
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O Itamaraty disse, por meio de nota à imprensa, que, nas duas últimas semanas, 39 crianças já foram liberadas de abrigos nos EUA e reunidas a pais ou responsáveis, com “vários outros” processos de reunificação familiar em fase de finalização.
“Escapa, obviamente, à competência do governo brasileiro obrigar crianças e familiares a retornarem ao Brasil. A maioria expressiva manifesta o interesse de permanecer nos Estados Unidos da América, ainda que, para isso, tenha de aguardar decisão das autoridades locais”, diz o comunicado oficial do ministério das Relações Exteriores.
“No caso dos poucos que optam pelo retorno voluntário, seus processos têm ocorrido segundo os protocolos estipulados pela lei americana, com o acompanhamento atento das repartições consulares, que colaboram na intermediação entre as partes envolvidas e auxiliam na juntada da documentação necessária”, acrescenta a nota do Itamaraty .
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Em maio deste ano, o governo do presidente Donald Trump adotou a chamada 'política de tolerância zero' com os que tentam atravessar ilegalmente a fronteira dos Estados Unidos. Enquanto os adultos são presos, as crianças, por determinação do mandatário republicano, são enviadas a abrigos.
O Palácio do Itamaraty informou que, desde a adoção da política de tolerância zero, tem feito chegar ao governo norte-americano “seu firme desagrado com uma prática, que considera cruel e em franca violação de instrumentos internacionais de proteção aos direitos das crianças”.
“Os agentes consulares mantêm suas visitas regulares aos abrigos nos EUA , com contatos com cada um dos menores, para assegurar que estão recebendo os cuidados devidos”, diz o ministério brasileiro.
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